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Este
premiadíssimo documentário registra a vida de Dona Estamira, uma mulher
já idosa que sobrevive catando lixo e que é descrita como louca por
seus familiares, por entre outras coisas rejeitar a figura masculina de
Deus. Porém dona de uma lucidez extrema, ela levanta profundos
questionamentos sobre comportamentos socialemente aceitos no senso
comum, como o uso da medicalização em pessoas que causam transtorno
social ou a sobre as diferenças biologicistas entre os sexos.
Comentário feminista: Este
é provavelmente um dos melhores e mais contundentes documentários
brasileiros de todos os tempos. Com uma apresentação da personagem
narrada de “forma progressiva”, o filme mostra o nível
de “desumanização” que um ser humano/mulher pode agüentar e o quanto a
poderosa presença do patriarcado (dentro de sua família) pode destruir,
ainda mais quando aliada a violência institucional das estruturas
estatais. Aqui cada frase de Dona Estamira pode ser considerada um
brado contra o sistema patriarcal ou render uma tese de mestrado
feminista. Destacam-se as cenas em que a Dona Estamira questiona
e estabelece paralelos sobre cromossomos “Xx” (par) e “Xy” (ímpar), o
poder natural da gestação e a manipulação religiosa, como instância
afirmadora do poder familiar masculino. Indicado para toda e qualquer
pessoa lúcida, sem qualquer "trocadilho". Vejam o trailer:
Fonte: Estamira e Maças podres
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