quinta-feira, 30 de maio de 2013

Notícias de Católicas Pelo Direito de Decidir


• É legítimo trocar vidas por votos? (29/5/2013) 
Ao invés de um Estado laico de fato, temos visto situações chocantes e inadmissíveis de interferência de grupos religiosos nas políticas públicas no Brasil. É legítimo, numa sociedade democrática, trocar milhares de vidas por votos?
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Leia também

• Cenário político brasileiro desafia os/as ativistas LGBTT (29/5/2013) 
Movimento LGBTT enfrenta desafios, mas segue forte e com apoio da sociedade e personalidades importantes.

• CDD promove oficinas sobre direitos humanos (29/5/2013) 
Católicas promove oficinas sobre direitos humanos para ativistas de direitos sexuais e direitos reprodutivos atuantes nas regiões sudeste e sul. Atividade tem apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

• Milhares marcham em São Paulo pelos direitos das mulheres (29/5/2013)
Coletivo Marcha das Vadias realiza 3ª edição na capital paulista e incentiva mulheres a denunciar violência.

• Seminário reúne ativistas pela legalização do aborto (29/5/2013) 
Dezenas de ativistas se reúnem para analisar conjuntura e pensar estratégias para a legalização do aborto no Brasil


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terça-feira, 28 de maio de 2013

In formações em Direito e Sexualidade CLAM




III Congresso Nacional de Direito Homoafetivo
A Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Espírito Santo (OAB-ES), promove, de 22 a 24 de maio, em Vitória, o III Congresso Nacional de Direito Homoafetivo. A programação abrange quatro painéis: Saúde e Transgenitalidade; Educação; A Filiação no Direito Homafetivo; e DST/AIDS.
| notícias CLAM |
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Para além da igualdade jurídica
As leis que punem a violencia de gênero e tipificam o feminicídio, ainda que signifiquem um importante reconhecimento jurídico dos direitos das mulheres, não têm tido o impacto esperado. Especialistas questionam a perspectiva punitiva destas normas e suas limitações para produzir efeitos estruturais. (Texto em espanhol)
| notícias CLAM |
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Diferença não significa hierarquia
A 2ª edição do Curso de Especialização em Gênero e Sexualidade (EGeS), parceria do CLAM/IMS com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, terá 150 alunos e conteúdos voltados para a análise e problematização das desigualdades. "As diferenças não podem ser hierarquizadas a priori, como se fossem naturalmente determinadas", afirmou o professor Sérgio Carrara, na aula inaugural.
| notícias CLAM |
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Mães lésbicas: a luta pela igualdade
Um ano depois da Corte Interamericana de Direitos Humanos decidir a favor de Karen Atala, a quem o Estado chileno havia negado a guarda de suas filhas em 2004 por conta de sua orientação sexual, a justiça nega novamente o direito à maternidade a um casal chileno de lésbicas, neste caso por reprodução assistida. Leia entrevista com Camila Maturana, representante legal do casal. (Em espanhol)
| entrevista |
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Gênero, Sexualidade e Justiça na América Latina: dimensões legais, políticas e sociais
As seções de estudos sobre sexualidade, de gênero e feministas da Latin American Studies Association (LASA) convidam para uma jornada de discussões antes da abertura do XXXI Congresso internacional da Associação (29 de maio), na Escola de Direito da American University, em Washington D.C. A inscrição é gratuita. Clique aqui para acessar o programa e inscrever-se.(Em inglês)
| oferta acadêmica |
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Lacan ou Lévi-Strauss não eram moralistas apocalípticos
Nesta entrevista publicada originalmente por Le Nouvel Observateur, a psicanalista e antropóloga argentina Carina Basualdo desmente as ameaças lançadas por intelectuais franceses contra as sociedades que legalizaram a homoparentalidade, e questiona o heterocentrismo de leituras que atribuem a Lévi-Strauss e a Lacan o postulado de invariantes projetadas no plano da lei civil.
| entrevista |
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| Na Mídia |
| Estupros no Brasil geram debate sobre divisão de classe e gênero
| Corte Suprema de EE.UU. rechaza volver a examinar el tema del aborto
| Empresas ainda têm receio de associar marcas ao público homossexual
| Maioria dos projetos legislativos defende restrições ao aborto
| Demanda contra concejal que tildó de "mujerzuelas" a lesbianas
| Celebran en Chile III Encuentro Nacional de Organizaciones Transexuales
| Hicieron historia: Primera pareja de lesbianas musulmanas se casó en Reino Unido
| Pareja lésbica con 32 años de relación invoca Ley Zamudio por graves episodios de homofobia
| IGLESIA CATÓLICA AUSTRALIANA ADMITE QUE TAPÓ DENUNCIAS DE PEDOFILIA Y OFRECIÓ DISCULPAS
| Comienza cuenta regresiva para "Mix Dominante" Festival de Diversidad Sexual en Cine y Video

O fenômeno global do estupro



Os casos de estupro acontecidos no Rio de Janeiro, em Nova Delhi, no Cairo ou nos EUA legitimam a prática como um fenômeno universal, mas qualquer experiência individual de estupro está profundamente ancorada no meio social e político circundante, que é também afetado pelos modos como a vítima, o agressor e as instituições reagem e representam o acontecido.

http://www.clam.org.br/destaque/conteudo.asp?cod=10553

Como conversar com meninas

por 
Não, não é um guia de paquera para garotos tímidos. Este texto da Lisa Bloom nos faz pensar sobre as consequências que nossas atitudes podem ter na educação das crianças, e como podemos mudar parâmetros sociais apenas conversando de modo diferente com uma menininha, segurando o impulso de dizer o quanto ela é linda para surpreendê-la ao ressaltar as outras qualidades que ela tem. Vale dizer que a educação dos meninos também precisa ser repensada, e que autora já escreveu sobre os dois.

Como conversar com meninas

Eu fui a um jantar na casa de uma amiga na semana passada, e encontrei sua filha de 5 anos pela primeira vez. A pequena Maya tinha os cabelos castanhos e cacheados, olhos escuros, e estava adorável em seu vestidinho rosa e brilhante. Eu queria gritar, “Maya você é tão fofa! Veja só! Dê uma voltinha e desfile esse vestidinho rosa, sua coisinha linda!”
Mas eu não fiz isso. Eu me contive. Como sempre me contenho quando conheço garotinhas, negando meu primeiro impulso, que é dizer o quão fofas/lindas/bonitas/bem vestidas/de unhas feitas/cabelo arrumado elas são/estão.
original“O que há de errado nisso? É a conversa padrão de nossa cultura para quebrar o gelo com as meninas, não é? E por que não fazer-lhes um elogio sincero para elevar suas auto-estimas? Porque elas são tão lindas que eu simplesmente quero explodir de tanta fofura quando as encontro, sinceramente.”
Guarde este pensamento por um tempo.
Esta semana a ABC News informou que quase metade das meninas de 3 a 6 anos se preocupam por estarem gordas. No meu livro, Think: Straight Talk for Women to Stay Smart in a Dumbed-Down World, eu revelo que 15 a 18% das meninas com menos de 12 anos usam rímel, delineador e batom regularmente; distúrbios alimentares estão em alta e a auto-estima está em baixa; e 25% das jovens mulheres americanas prefeririam vencer o America’s Next Top Model a ganhar o prêmio Nobel da Paz. Até universitárias inteligentes e bem sucedidas dizem que preferem ser ‘gostosas’ a serem inteligentes. Recentemente uma mãe de Miami morreu durante uma cirurgia estética, deixando dois filhos adolescentes. Isso não pára de acontecer, e isso parte o meu coração.
Ensinar as meninas que a aparência delas é a primeira coisa que se nota ensina a elas que o visual é mais importante do que qualquer outra coisa. Isso as leva a fazer dieta aos 5 anos de idade, usar base aos 11, implantar silicone aos 17 e aplicar botox aos 23. Enquanto a exigência cultural de que as garotas sejam lindas 24 horas por dia se torna regra, as mulheres têm se tornado cada vez mais infelizes. O que está faltando? Um sentido para a vida, uma vida de ideias e livros e de sermos valorizadas por nossos pensamentos e realizações.
Eu me esforço para falar com as meninas assim:
“Maya,” eu disse, me ajoelhando até ficar da sua altura, olhando em seus olhos, “prazer em conhecê-la”.
“O prazer é todo meu,” ela disse, com a voz já bem treinada e educada para falar com adultos como uma boa menina.
“Hey, o que você está lendo?” Perguntei, com um brilho nos olhos. Eu amo livros. Sou louca por eles. Eu deixo isso transparecer.
Seus olhos ficaram maiores, e ela demonstrou uma empolgação genuína, mas contida, sobre o assunto. Ela pausou, no entanto, tímida por estar com um adulto desconhecido.
“Eu AMO livros,” eu disse. “E você?”
A maioria das crianças gosta de livros.
“SIM,” ela disse. “E agora eu consigo ler sozinha!”
“Que incrível!” eu disse. E é incrível, para uma menina de 5 anos.
“Qual é o seu livro preferido?” perguntei.
“Vou lá pegar! Posso ler pra você?”
Purplicious foi a escolha de Maya, um livro novo para mim, e Maya se sentou junto a mim no sofá e leu com orgulho cada palavra em voz alta, sobre a nossa heroína que adora rosa mas é perturbada por um grupo de garotas na escola que só usam preto. Infelizmente, o livro era sobre garotas e o que elas vestiam, e como suas escolhas de roupas definiam suas identidades. Mas depois que Maya virou a última página, eu conduzi a conversa para as questões mais profundas do livro: meninas más e pressão dos colegas, e sobre não seguir a maioria. Eu contei pra ela que minha cor preferida é o verde, porque eu amo a natureza, e ela concordou com isso.
Em nenhum momento nós discutimos sobre as roupas, o cabelo, o corpo ou quem era bonita. É surpreendente o quão difícil é se manter longe desses tópicos com meninas pequenas, mas eu sou teimosa!
Eu falei para ela que eu tinha acabado de escrever um livro, e que eu esperava que ela escrevesse um também, algum dia. Ela ficou bastante empolgada com essa ideia. Nós duas ficamos muito tristes quando Maya teve que ir pra cama, mas eu disse a ela para da próxima vez escolher outro livro para lermos e falarmos sobre ele. Ops! Isso a deixou animada demais para dormir, e ela levantou algumas vezes…
Aí está, um pouquinho de oposição a uma cultura que passa todas as mensagens erradas para as nossas meninas. Um empurrãozinho em direção à valorização do cérebro feminino. Um breve momento sendo um modelo a ser seguido, intencionalmente. Meus poucos minutos com a Maya vão mudar a multibilionária indústria da beleza, os reality shows que diminuem as mulheres, a nossa cultura maníaca por celebridades? Não. Mas eu mudei a perspectiva de Maya por pelo menos aquela noite.
Tente isto da próxima vez que você conhecer uma garotinha. Ela pode ficar surpresa e incerta no começo, porque poucos perguntam sobre sua mente, mas seja paciente e insista. Pergunte-a o que ela está lendo. Do que ela gosta ou não gosta, e por quê? Não existem respostas erradas. Você apenas está gerando uma conversa inteligente que respeita o cérebro dela. Para garotas mais velhas, pergunte sobre eventos atuais: poluição, guerras, cortes no orçamento para educação. O que a incomoda no mundo? Como ela consertaria se tivesse uma varinha mágica? Você pode receber algumas respostas intrigantes. Conte a ela sobre suas ideias e conquistas e seus livros preferidos.Mostre para ela como uma mulher pensante fala e age.
Foto do início do post: Larice Barbosa

domingo, 26 de maio de 2013

Violência contra a mulher: mais de 40.000 homicídios femininos em uma década


Um levantamento feito Instituto Avante Brasil apontou que 40.000 mil mulheres foram vítimas de homicídios no Brasil, entre 2001 e 2010. Só no ano de 2010, 4,5 entre 100.000 mulheres perderam suas vidas no país.

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do portal atualidadesdodireito.com.br. Estou no blogdolfg.com.br
Apesar dos avanços dos últimos anos, no que tange à violência contra a mulher, levantamento feito Instituto Avante Brasil apontou que 40.000 mil mulheres foram vítimas de homicídios no Brasil, entre 2001 e 2010. Só no ano de 2010, 4,5 entre 100.000 mulheres perderam suas vidas no país.
Consoante o Instituto Avante Brasil, em 2010, uma mulher foi vítima de homicídio a cada 1 hora, 57 minutos e 43 segundos.  Em 2001, a média era de 2 horas, 15 minutos e 29 segundos. O crescimento de mortes anual, entre 2001 e 2010, foi de 1,85% ao ano.
Vejamos :
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 A mesma projeção aponta que em 2013 deverão ocorrer 4.717 homicídios entre as mulheres brasileiras.
Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 70% das mulheres sofrerão algum tipo de violência no decorrer de sua vida. E, de acordo com o Banco Mundial, as mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que de câncer, acidentes de carro, guerra e malária.
 Na América do Sul, o Brasil só perde em homicídios de mulheres para a Colômbia, que registrou, em 2007, uma taxa de 6,2 mortes para cada 100.000 mulheres. Atrás do Brasil vem a Venezuela, com 3,6 mortes para cada 100.000 mulheres em 2007, Paraguai que registrou em 2008 1,3 mortes para cada 100.000 mulheres e o Chile com 1 homicídio feminino para cada 100.000 mulheres em 2007.
 Observe:
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Pesquisa da Organização Mundial da Saúde que traz informações de 2006 a 2010 mostra que, se comparado com alguns países com dados homogêneos, a diferença é ainda maior: o Brasil ganha da Rússia, que registrou, em 2009, 7,1 homicídios femininos, mas atrás de países como Estados Unidos, Japão, França e Reino Unido.

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A Organização Mundial da Saúde sugere que existam alguns fatores de risco que podem ser associados a um indivíduo que pratica um crime contra a integridade física de uma mulher:
  • níveis mais baixos de educação (perpetração da violência sexual e da experiência de violência sexual);
  • exposição a maus-tratos (perpetração e experiência);
  • testemunho de violência familiar (perpetração e experiência);
  • transtorno de personalidade antissocial (perpetração);
  • uso nocivo do álcool (perpetração e experiência);
  • ter múltiplos parceiros ou suspeita por seus parceiros de infidelidade (perpetração), e atitudes que estão aceitando de desigualdade violência e gênero (perpetração e experiência).
 Apesar de todas as campanhas e recomendações das Organizações Mundiais contra a violência feminina, o que se vê (no Brasil) são números que crescem e preocupam a cada dia mais.
 O número de estupros no estado de São Paulo, por exemplo, ganhou proporções descomunais. O número de vítimas não para de crescer. Segundo dados da Secretaria de Segurança de São Paulo, o crime de estupro foi o delito que mais aumentou nos últimos anos no nosso Estado. De 2005 a 2012 houve um crescimento médio anual de 19,7%, o que significa uma alarmante evolução de 230%
 Não basta apenas apresentarmos soluções ou agravarmos esse tipo de crime, mais que isso, faz-se necessário que os cidadãos sejam educados à valorização da vida e do ser humano de um modo geral.
 Especialmente no que tange às mulheres, que por fazerem parte durante décadas de uma sociedade patriarcal, encontram dificuldades no momento em que percebem estar sendo vítima do abuso ou da violência, de denunciar seus opressores, muitas vezes parceiros e membros da família. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

concurso de vídeos “Em Briga de Marido e Mulher Se Mete a Colher”




Para comemorar os 10 anos de ações voltadas à mulher brasileira, o Instituto Avon lança o concurso de vídeos “Em Briga de Marido e Mulher Se Mete a Colher”. O concurso visa chamar atenção para a causa da violência doméstica e suas diversas formas de manifestação e prevenção.

A regra é que os vídeos sobre o tema tenham no máximo 60 segundos de duração. As inscrições são feitas pelo site do MinutoAd (www.minutoad.com.br) até o dia 10 de Agosto. A data de encerramento casa com o mês de aniversário da Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica. O Instituto Avon distribuirá até R$ 10 mil em prêmios para os melhores vídeos:

1º colocado – Prêmio aquisição Instituto Avon – R$ 5.000,00
2º colocado – Prêmio aquisição Instituto Avon – R$ 3.000,00
3º colocado – Voto popular – R$ 2.000,00

Para meter a colher,clique aqui.
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Sobre o MinutoAd

O MinutoAd é um desafio. A empresa ou instituição patrocinadora do concurso desafia você a criar um video de até um minuto sobre uma ideia ligada a marca da empresa ou instituição. As melhores ideias e contribuições receberão prêmios em dinheiro ou, por vezes, em produtos e serviços. A empresa define o briefing, lança o desafio e fica responsável pela seleção do conteúdo. As regras e os objetivos de cada concurso, bem como os prêmios disponíveis, são descritos na página de cada concurso.

Sobre o Instituto Avon – 10 anos de dedicação à saúde e ao bem-estar da mulher

O Instituto Avon foi criado em 2003, como organização não governamental com a missão de coordenar no Brasil as campanhas defendidas pela Avon globalmente: a detecção precoce do câncer de mama e o enfrentamento da violência doméstica. No Brasil, as campanhas receberam a denominação Avon Contra o Câncer de Mama e Fale Sem Medo – Não à Violência Doméstica, para as quais o Instituto Avon já direcionou R$ 43 milhões, apoiando mais de 80 projetos. Em 2012, as campanhas ganharam o apoio da modelo e empresária Luiza Brunet, que se tornou Embaixadora do Instituto Avon, endossando as iniciativas das campanhas em todo país. Em 2013, a instituição celebra 10 anos de atuação no país, tendo beneficiado mais de 2 milhões de brasileiras no período.

sábado, 11 de maio de 2013

o aborto e a fé dos outros | Clara Averbuck


"ninguém é "a favor do aborto". somos a favor da DESCRIMINALIZAÇÃO. ninguém CURTE aborto. ninguém acorda um dia, se espreguiça e fala "oh, acho que vou fazer um abortinho". e as mulheres NÃO DEIXAM de fazer aborto porque ele é ilegal. mas apenas as que têm condições conseguem pagar por uma clínica de qualidade. as que não têm, bom, elas enfiam agulhas de tricô em seus úteros e procuram carniceiros e, quando não ficam com seqüelas, morrem de infecção. 
o número de abortos não vai disparar se a prática for legalizada até a 12a semana, como sugere o conselho federal de medicina. mas o número de mulheres mortas por tentar fazer abortos em condições insalubres certamente vai despencar.
antes do discurso "a favor da vida", pensem na vida de quem vocês são a favor: de uma mulher adulta e consciente de que não pode, não deve, ou simplesmente não quer (então também não deve) ter um filho, ou na de umas poucas células sem consciência? e depois que essas células virarem bebês com mães sem condições psicológicas/financeiras para criá-los, quem é que vai cuidar dessa vida? vocês? a igreja? não, né? então que as mulheres tenham autonomia sobre seus corpos, porque quem vai ter que arcar com as conseqüências de tudo são elas, somos nós.
a questão deveria ser tão simples, mas não. sempre tem alguém pra evocar o livro de ficção mal traduzido e arrumar uma desculpa, como se realmente vivessem de acordo com todas as regras impostas por ele.
e é assustadora a quantidade de gente que fala de deus nessas questões. deus não tem que ter NADA a ver com leis. nada.
O ESTADO  DEVE SER LAICO.

aqui tem um video com alguns dados sobre aborto, 
Para quem não conhece, vale dar uma passadinha  na Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela legalização do Aborto tem uma plataforma com a proposta completa http://www.abortoemdebate.com.br/arquivos/plataforma_frente.pdf

Fonte: http://claraaverbuck.com.br/o-aborto-e-a-fe-dos-outros/ e blogueiras feministas