quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nota sobre partos com gestantes algemadas

AJD -Associação Juízes para a Democracia via Adital
A AJD - ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA, entidade não governamental, sem fins corporativos, que tem dentre seus objetivos estatutários o respeito absoluto e incondicional aos valores próprios do Estado Democrático de Direito e a defesa dos Direitos Humanos, tendo em vista a confirmação das notícias de realização de partos com o uso de algemas em gestantes sujeitas ao cumprimento de penas, vem a público manifestar o seguinte:
(1) algemar mulheres durante o parto constitui, inquestionavelmente, atentado à dignidade humana (art. 1º da Constituição Federal), desrespeito à integridade moral das mulheres (art. 5º XLIX, da Constituição Federal) e ofensa à especial proteção à maternidade e à infância, instituída como direito social (art. 6º da Constituição Federal),
(2) constitui descumprimento da garantia à mulher de assistência apropriada em relação ao parto, instituída no art. 12, § 2º da Convenção da ONU relativa aos direitos políticos da mulher (1952),
(3) submete também o recém-nascido a discriminação em razão do parentesco, com violação das garantias e direitos constitucionais de proteção à infância (art. 227 da Constituição Federal),
(4) subverte a lógica constitucional de acesso universal e igualitário aos serviços de saúde (art. 196 da Constituição Federal),
(5) representa flagrante descumprimento do dever de atendimento individualizado e tratamento diferenciado a que fazem jus as gestantes nos termos da Lei Federal nº 10.048/00 e, ainda,
(6) desvela evidente violação do artigo 143 da Constituição de São Paulo, que determina que a política penitenciária estadual deve observar as regras da ONU para o tratamento de presos, dentre as quais se destaca a regra nº 11 das "Regras de Bangcoc”, segundo a qual a presença de pessoal penitenciário e de segurança, durante o atendimento médico, observará a dignidade da presa.
Além de tudo isso, em face da absoluta desnecessidade dessa providência desumana e cruel, está ocorrendo também flagrante violação à Súmula Vinculante nº 11 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a qual estabelece que o uso de algemas somente é lícito em casos absolutamente excepcionais e determina a aplicação de penalidades nos casos de abuso e constrangimento físico e moral dos presos ou presas.
Assim, como o procedimento em menção constitui prática ilegal, repugnante, covarde e imoral, além de violadora da dignidade humana, a AJD EXIGE que Governo do Estado determine a imediata abstenção dessa prática, bem como promova de forma efetiva a responsabilização de Secretários de Estado e Servidores, por suas respectivas condutas, de ação ou omissão, na forma da Lei.
Mais informações:
***José Henrique Rodrigues Torres, Juiz de Direito em Campinas/SP e Presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para Democracia - fones: 19-9174.7568 e 19-3236.8222
***Luís Fernando Camargo de Barros Vidal, Juiz de Direito na 2º Vara da Fazenda Pública em SP, Capital - fones: 11-3241.2918 e 11-9182.1936
***Kenarik Boujikian Felippe, Juíza de Direito na 16ª Vara Criminal em SP, Capital - fones: 11-2127.9151 e 11-2127.9152
Fonte :Adital - Nota sobre partos com gestantes algemadas

Erradicação da violência contra mulheres é foco da campanha realizada pelos movimentos Via Campesina

Os movimentos da Via Campesina estão engajados em uma campanha para erradicar a violência contra as mulheres, a fim de que a sociedade possa constituir igualdade para todos, sem opressão de gênero, através de denúncias, cobranças do poder público e incentivo às mulheres, para que elas se organizem e lutem para combater os problemas desse tipo de violência.
De acordo com os movimentos da Via Campesina, a figura feminina é vítima da violência devido ao modelo patriarcal de sociedade, no qual as relações pessoais não estão fundamentadas no afeto, mas nas relações de poder e propriedade. Dentro desse contexto, as mulheres têm dificuldade pra entenderem que estão sofrendo violência, principalmente quando esta não é física, por isso é vista de forma natural.
Há diversos tipos de violência sofridos pelas mulheres além da física (ou seja, as agressões e até assassinato) e da sexual (estupros e outros atos contra a sua vontade). Há também a violência psicológica (ameaças e chantagens), patrimonial (omissão ou destruição de objetos) e moral (calúnias e injúrias).

Violência contra as mulheres do campo

Adriana Mezadri, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), explica que, para as mulheres do campo, há alguns agravantes. “Por causa do isolamento e das relações mais conservadoras nas famílias, acabamos tendo mais dificuldade para denunciar esses casos. Há muita dificuldade em se separar dos maridos, porque as mulheres são mais culpabilizadas pelo fim dos relacionamentos”, conta.
Além desse tipo de violência praticado dentro de casa, as mulheres camponesas estão sujeitas à violência do agronegócio e dos grandes projetos, como os de barragens. “Eles avançam sobre os nossos territórios e nos expulsam. E sabemos que esses problemas atingem as mulheres com mais força, com casos de violência sexual e prostituição, que acompanham esses projetos”.

O MAB  -Movimento dos Atingidos por Barragens vem tratando desse assunto com bastante destaque este ano, a partir do Encontro das Mulheres Atingidas por Barragens, realizado em abril em Brasília. O Movimento também publicou uma cartilha sobre as violações dos direitos humanos das mulheres na construção de barragens, comprovando que elas são as mais prejudicadas por esses projetos. Além disso, diversos estados estão organizando encontros estaduais de mulheres para discutir o tema da campanha, entre outros assuntos.

A militante do MMC destaca a importância das mulheres se unirem para combater esse problema: “É fundamental a organização entre as mulheres. Se você não tem com quem conversar, em quem se apoiar, acha que não tem saída. Organizadas nós nos ajudamos, encaramos os problemas e conseguimos lutar por mudanças”, explica.

A violência em números
Mais de 40% das mulheres brasileiras já sofreram violência doméstica;
A cada 24 segundos, uma mulher sofre violência física no país;
Entre 1997 e 2007, 10 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil;
Até 47% das mulheres do mundo tiveram sua primeira relação sexual forçada.



Adital - Erradicação da violência contra mulheres é foco da campanha realizada pelos movimentos Via Campesina

VOCÊ PODE SER CONTRA O ABORTO SEM SER CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO!

Aborto: 10 razões para legalizar


VOCÊ PODE SER CONTRA O ABORTO SEM SER CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO!!
Se te disseram que legalizar o aborto vai fazer todas as mulheres “saírem abortando” bebês de até 9 meses todos os dias em hospitais públicos e fazendo com que o números de abortos aumente drasticamente gerando um caos social, você foi enganad@ porque:

1) Os números já são drásticos: aproximadamente mil mulheres morrem por ano ao realizarem abortos na clandestinidade. Fora essas, estima-se que 2 milhões de abortos clandestinos são realizados por ano. Essa soma é apenas aproximada porque é ilegal. Se o aborto fosse legalizado, o governo teria oficialmente o número de abortamentos, poderia controlá- los e saberia onde tem mais ou menos abortos para tentar diminuir este número. Se o aborto é crime não se tem controle, o número de abortos não diminui, mais mulheres morrem, mais pessoas são presas e o governo não pode fazer nada para mudar isso.

2) Em todos os países ocidentais em que o aborto foi legalizado há anos, observa-se cada vez mais uma diminuição do número de abortos. Quando se legaliza, fala-se mais sobre o assunto aumentando a informação para poder evitar.

3) Em quase nenhum país ocidental em que o aborto é legalizado, ele pode ser feito após 3 meses de gestação. Portanto, essas fotos que mostram abortamentos de bebês grandes e formados são enganadoras. Não será permitido aborto após 3 meses de gestação!

4) As clínicas clandestinas lucram muito no comércio ilegal de abortamentos, que é sustentado por pessoas ricas que fazem o aborto num dia e saem no outro sem problemas e ainda dizendo publicamente que são a favor da vida. O problema fica com as mais pobres, na maioria negras. Criminalização aumenta a hipocrisia e os bolsos de muita gente.

5) Se o aborto for legalizado nenhuma mulher será obrigada a abortar. Quem é contra poderá manter sua opinião.

6) Legalizar o aborto não é incentivar o aborto. Junto com a legalização, o Estado vai reforçar campanhas de educação sexual, direitos sexuais e reprodutivos, aumentar o acesso de mulheres e homens para os métodos contraceptivos, como também aos métodos de uma gravidez saudável. Abortar não é algo prazeroso, mas se alguma mulher precisar fazer, que ela não seja presa e tenha assistência para isso.

7) Se você pensa que a legalização do aborto vai encher os hospitais de milhares de mulheres querendo abortar, não sobrando espaço para as que querem dar à luz, isso é mentira. Os hospitais já estão cheios e gastando com mulheres que abortaram na clandestinidade e quase morreram por causa disso. Isso sai muito mais caro para os hospitais.
8) Se você pensa que com a legalização do aborto, você mata 1 vida, com a criminalização do aborto você mata mais vidas: a do feto e a de milhares de mães que morrem tentando o processo de abortamento.

9) A legalização não defende que abortar é bom. Se você pensa que abortar é ruim, abortar na clandestinidade, ser presa ou até morrer é muito pior.

 
10) Ser contra o aborto é decidir por você. Ser contra a legalização do aborto é decidir por todas. Ser contra o aborto é não achar certo fazer um aborto. Ser contra a legalização do aborto é ser a favor da morte de milhares de mulheres.

Índice de crimes de violência sexual aumentou mais de 100% no Amazonas

#16 dias de ativismo 

Em 2009, número de casos era de 694. Em 2010, dado chegou a 1.427.
Amazonas registra crescimento de 105,6% no número de estupro.

Girlene Medeiros Do G1 AM

Crianças de 0 a 11 anos são as principais vítimas
de estupro em Manaus. (Foto: TV Globo)
O número de crimes relacionados a violência sexual no Amazonas dobrou. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública deste ano, a quantidade de casos aumentou 105,6% no estado de 2009 para 2010. Ainda segundo o relatório, as informações correspondem ao volume de ocorrências policiais registradas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23).
A Lei Federal 12.015/2009 altera a conceituação de 'estupro' passando a incluir, além da conjunção carnal, os 'atos libidinosos' e 'atentados violentos ao pudor'. Com base neste conceito, o relatório apontou, em 2009, 694 casos de estupro consumados. Já em 2010, a estatística nacional apontou 1.427 registros desse crime no estado. Segundo o relatório, esses valores correspondem a 41 estupros para cada cem mil habitantes. Também na tabela quantitativa, o Amazonas apresentou 185 tentativas de estupro, em 2009, e 333, em 2010.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM) de 2011 confirmam o crescimento e indicam que a maioria das vítimas de violência sexual na capital amazonense, em 2011, são mulheres. As informações indicam que 524 vítimas são do sexo feminino e 92 são do sexo masculino.
Ainda de acordo com os dados da SSP/AM, o maior número de vítimas de estupro são crianças de zero a 11 anos. Só em julho, cerca de 53 crianças foram vítimas de estupro. De acordo com a estatística, de janeiro a agosto, foram 276 menores que passaram por este tipo de crime sexual.
O número de crianças, afetadas pelos crimes, é seguido pelos jovens. A faixa etária de 12 a 17 anos foi protagonista de 33 casos de violência sexual este ano. De janeiro a agosto, foram 201 adolescentes afetados por abusos sexuais.
Somando os valores das crianças e jovens com as demais faixas etárias, Manaus apresentou 616 vítimas de estupro registrados pela SSP/AM nos últimos oito meses.


Fonte : G1 - Índice de crimes de violência sexual aumentou mais de 100% no AM - notícias em Amazonas

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Canção das mulheres


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft

Maternidade deve ser uma escolha!

Graffitagem para o projeto "Arte pela Legalização do Aborto", de Católicas pelo Direito de Decidir, realizada pelo grupo Maçãs Podres na Rua da Várzea, em São Paulo, com apoio do Fundo Social Elas.
Saiba mais sobre o projeto em sededeque?



Fonte : Maternidade deve ser uma escolha! Graffiti pela legalização do aborto - YouTube

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conselho Federal de Psicologia no Enfrentamento à violência contra mulher

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apoia as temáticas referentes ao Dia Nacional de Enfrentamento à Violência da Mulher (25 de novembro). Em breve, será disponibilizado documento de referência para atuação de psicólogos em serviços de atenção à mulher em situação de violência. Objetivando contribuição, de forma a complementá-lo, o texto será disponibilizado para consulta pública.
Para a Conselheira do CFP Clara Goldmann, a violência de gênero é inadmissível porque viola os direitos humanos. “Ela representa uma fator que interfere na autonomia das mulheres, promovendo a submissão. O enfrentamento à violência contra mulheres é algo que diz respeito as psicólogas e psicólogos por conta das dimensões subjetivas da violência”.
A Psicologia tem 87% da categoria formada por mulheres. Para Clara, “a violência de gênero causa severas sequelas – físicas e emocionais, a ponto de interferir nos processos de organização social”.
Das pessoas ocupadas em 2008, com 10 anos ou mais, 16,6% são trabalhadores domésticos, sendo 15,8% mulheres e 0,8% homens. Em 2008 calcula-se que 305 mil meninas, com 10 a 17 anos, trabalhavam no emprego doméstico, apesar da restrição legal (IBGE/PNAD 2008). A proporção de mulheres negras é de 51,5%, sendo 60,9% empregadas domésticas.
Segundo os últimos dados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a categoria das trabalhadoras domésticas representa 15,8% do total da ocupação feminina nacional no ano de 2008, o que corresponde a 6,2 milhões de mulheres, sobretudo negras.
Fonte : POL

Chamada de Michelle Bachelet para que governos tomem medidas concretas pelo fim da violência contra mulheres

Michelle Bachelet: A violência contra mulheres e meninas

Esse é o momento para que todos os governos assumam a responsabilidade diante da violência contra suas cidadãs e tomem medidas concretas.

Por Michelle Bachelet na
Folha de S. Paulo


Quando eu era menina, no Chile, escutei muitas vezes um ditado popular: "Quem te ama, te incomoda". Ele significa algo como "quem te ama, te trata mal".
Essa frase — aceita sem muitos questionamentos — hoje, por todos os motivos, se tornou o que verdadeiramente é: um silêncio cúmplice diante da violação dos direitos humanos das mulheres.

Neste 25 de novembro, comemoramos o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Nas últimas décadas, testemunhamos grandes avanços: hoje, 125 países têm leis específicas que penalizam a violência doméstica, algo inimaginável há 20 anos.

O Conselho de Segurança da ONU reconheceu a violência sexual como tática de guerra deliberada e planejada. E o direito internacional deu passou sólidos e definitivos para condenar e investigar os crimes de violência sexual durante e depois de um conflito.

No entanto, este 25 de novembro nos encontra, novamente, distantes de nossos objetivos de que milhões de mulheres e meninas vivam livres de discriminação e violência.

Hoje, 603 milhões de mulheres e meninas vivem em países onde a violência doméstica ainda não é considerada crime.

Diariamente, o femicídio assola os nossos países, em alguns sob a mais absoluta impunidade. Mais de 600 mil mulheres e meninas são traficadas através das fronteiras a cada ano, a grande maioria para fins de exploração sexual.

A pergunta é: que mais podemos fazer para enfrentar esse flagelo? Há informação e diagnósticos, mas faltam investimento constante e sustentável e vontade política dos governos nacionais e locais.

Esse é o momento para que os governos de todo o mundo assumam a responsabilidade diante da violência contra suas cidadãs, tomem medidas concretas e transparentes, e assumam compromissos mensuráveis. Da parte da ONU Mulheres, vamos intensificar nossos esforços para colaborar com os governos a enfrentar essa tragédia.

Propomos um programa de ação com 16 medidas concretas focadas em prevenção, proteção e provisão dos serviços públicos essenciais para proteger e erradicar a violência contra as mulheres. Isso requer liderança, leis eficazes e uma Justiça inequívoca para julgar os agressores e acabar com a impunidade.

Estamos liderando uma iniciativa global para proporcionar às mulheres e meninas o acesso universal a instâncias de apoio às vítimas, com atendimentos nas primeiras 24 horas para sua segurança e para a segurança de seus filhos e filhas, locais de acolhimento, assessoramento, apoio psicossocial e acesso a Justiça gratuita e eficaz.

Homens, líderes, juízes, empresários, esposos, companheiros, filhos, irmãos e amigos têm um papel fundamental. É por meio da educação, de campanhas de sensibilização pública, de programas e políticas públicas que poderemos enfrentar com eficácia essa realidade. O empoderamento das mulheres, sua liderança e decisão não são suficientes. Nós precisamos do envolvimento de todos para deter, prevenir e tratar a violência.

A democracia, o futuro dos países, o presente de nossas famílias, a convivência das pessoas que estão próximas de nós, a educação de nossas comunidades, nossas economias e a paz no mundo são ameaçadas quando a violência se alastra diante dos nossos olhos, à vista e com a complacência de todos nós, e não somos capazes, como sociedade, de dar resposta que salve a vida das mulheres e de seus filhos.

*Michelle Bachelet é diretora-executiva da ONU Mulheres. Foi presidente do Chile (2006-2010).

 Leia o artigo completo: A violência contra mulheres e meninas, por Michelle Bachelet (Folha de S.Paulo - 25/11/2011)

Veja também:
ONU lança campanha para acabar com violência contra a mulher (Terra - 23/11/2011)
Violência contra a mulher deve ter tolerância zero, diz Secretário-Geral da ONU (Pnud - 25/11/2011)
Início da campanha ‘16 Dias de Ativismo’ marca Dia Internacional de combate à violência contra mulher (Adital - 25/11/2011) 

Manifesto Publico da União Brasileira de Mulheres

A União Brasileira de Mulheres (UBM) também esta em 16 dias de ativismo e divulga um manifesto público para reafirmar a luta dos movimentos contra as agressões em mulheres e meninas. Confira abaixo.


 
A União Brasileira de Mulheres (UBM) – por seu histórico de lutas em defesa dos direitos e emancipação da mulher – reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos humanos das mulheres como instrumento da construção de um mundo justo, fraterno e solidário neste 25 de novembro, o qual marca os 30 anos do Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres.
 
Por que lembrar essa data?

O dia 25 de novembro faz parte do calendário de lutas do movimento de mulheres e foi definido no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia. Em todo o mundo o combate à violência contra a mulher se constituiu em uma preocupação fundamental dos movimentos sociais, principalmente assumido pelo movimento feminista e de mulheres em meados da década de 1970.

Uma vida sem violência é um direito das mulheres

A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres no Brasil, realizada entre os períodos de 20 de novembro a 10 de dezembro, dá visibilidade às diferentes formas de violência, ainda presentes no cotidiano de muitas mulheres, com a finalidade de sensibilizar a sociedade e cobrar do Estado o seu enfrentamento, que só se dará com a implantação de políticas públicas.

Uma realidade que preocupa

Temos o direito humano a uma vida sem violência. Por isso é que quando se materializa a violência contra a mulher, principalmente a violência doméstica, todo mundo perde. Por isso, o enfrentamento tem que combinar uma discussão ampla, que nos permita desvendar e desconstruir as amarras da cultura milenar que estruturou e consolidou as desigualdades de gênero.

Devemos nos informar cada vez mais, pois a percepção social da violência está mudando; precisamos cada vez mais trazer o que está na lei para a vida das mulheres.

Pela efetivação das políticas públicas

O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que toda sociedade denuncie a violência contra as mulheres e meninas que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.

Exigimos das autoridades a ampliação das políticas públicas para pôr fim à violência contra as mulheres e meninas, com as casas abrigo, as delegacias da mulher e o encaminhamento das demais medidas protetivas e de atendimento previstas em lei tanto para as mulheres, como também para os agressores.

Dados sobre a violência doméstica


Em pesquisa da Avon/Ipsos, 59% dos entrevistados declararam conhecer alguma mulher que já sofreu agressão (65% das mulheres e 53% dos homens). Desses 59%, 63% fizeram algo para ajudar, sendo que as mulheres entrevistadas foram mais proativas com as vítimas. 44% conversaram com elas, 28% orientaram a buscar ajuda jurídica ou policial/serviço de ajuda especializado. Seis em cada dez entrevistados conhecem alguma mulher que sofreu violência doméstica.

Pela completa aplicação da Lei Maria da Penha

Vivemos num país patriarcal e machista, onde a violência contra as mulheres e meninas ainda é naturalizada. Temos de reagir a isso. A mulher precisa confiar que pode mudar essa realidade. Há poucos anos, os casos de violência passavam despercebidos. Hoje, as pessoas têm auxiliado as mulheres a procurar apoio. A existência da lei "desnaturaliza" a violência e, com isso, as pessoas se tornam mais ativas ajudando as mulheres a pedir proteção.

A Lei Maria da Penha é um instrumento na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Precisamos estar vigilantes a sua efetiva aplicação para que aumente o número de juizados especializados e de serviços de atendimento às vítimas em agressores, pois sem isso, contamos apenas com a parte repressiva da lei e isso não é suficiente para garantir a integridade e dignidade das vítimas.

Ainda segundo pesquisa da Avon, 94% afirmam conhecer a lei, mas apenas 13% a conhecem muito bem. A maioria das pessoas (60%) pensa que, como consequência do acionamento da lei, o agressor vai preso. Contudo é preciso que as mulheres confiem nessa lei, o que não vem ocorrendo devido á falta de estrutura para sua correta aplicação; precisamos mudar essa realidade, pois superar a violência contra a mulher passa por radicalizar o acesso a políticas de prevenção e de coibição da mesma.

Ligue 180

Dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 –, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Em cinco anos, o serviço recebeu quase dois milhões de ligações. Segundo dados do governo federal, 40% das vítimas que fazem a denúncia convivem com o agressor há mais de dez anos.

Fonte: União Brasileira de Mulheres (UBM)

Ecologia se constrói num mundo sem violência contra a mulher!


Continuando, pelos 16 dias de ativismo que se iniciaram no mundo no dia  25 de novembro, data que marca  o Dia Internacional de Combate á Violência contra a Mulher. Estou publicando parte da reportagem Cíntia Barenho do CEA que também " estamos engajados nessa luta, uma vez que um mundo ecologicamente sustentável, passa necessariamente pela equidade de gênero, equidade entre mulheres e homens."
Combater a violência contra a mulher é luta cotidiana das mulheres e de alguns homens ( e espera-se cada vez mais) e não se restringe apenas a violência física, psicológica, patrimonial entre outras. Existe também a violência institucional e a violência política (Leia mais aqui). Como será que a ecopolítica vem sendo construída nos espaços do movimento ecológico, de sua entidade ambientalista? Homens e Mulheres tem os mesmos espaços de poder? Ou ainda são os homens que estão a frente dos processos? São eles os que palestram? São os homens que coordenam as reuniões? São as mulheres que secretariam as reuniões? Enfim, são questões importantes que muitas vezes se “diluem” nos processos, reforçando um papel diferenciado entre homens e mulheres, nos quais são as mulheres que tem seus papeis inferiorizados, menosprezados.
A identidade social da mulher, assim como a do homem, é construída através da atribuição de distintos papéis, que a sociedade espera ver cumpridos pelas diferentes categorias de sexo. A sociedade delimita, com bastante precisão, os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem. (SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho)
Nós mulheres e homens ecologistas, assim como não toleramos a degradação da natureza, também não podemos ser complacentes ao inúmeros processos de opressão que as mulheres sofrem diariamente. A opressão da natureza, a opressão das mulheres (e de uma série de minorias que são na verdade maiorias) é um dos meios do modelo capitalista neoliberal se sustentar, se reproduzir. Assim o capitalismo encontra base material na superexploração da mulher no mundo do trabalho produtivo e reprodutivo. Frente a natureza, trata dos seus elementos, como meros recursos naturais, recursos feitos para exploração massiva afim de alguns acumularem capital.
Assim buscamos o entendimento e a retomada da ideia de que nós seres humanos, somos parte integrante e interdependente da natureza, e portanto, não somos seres superiores a esta ou ainda imbuídos do poder de explorar e controlar ilimitadamente a natureza apesar da mesma ser limitada. E ainda, buscamos desconstruir a ideia de desigualdade entre homens e mulheres atribuida meramente à cultura ou a à biologia. A desigualdade histórica entre homens e mulheres é uma construção de relações sociais e ideológicas (solidificadas na alienação), nas quais precisamos romper.
Sendo assim, a luta ecológica também é uma luta feminista e anti-sexista!

Saiba mais sobre Feminismo no blog da MMM-RS e acompanhe a mais sobre a blogagem coletiva pelo #FimdaViolênciacontraMulher

Fonte: 


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

#FimDaViolenciaContraMulher - Minha leituras de Blogs Hoje

 SOBRE VIOLÊNCIA POLÍTICA

Escrito por Luka - Violência contra mulher é também não garantir sua inclusão nos espaços políticos
Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, o­nde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente. Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome “Mariposa” no exercício de sua militância política clandestina. Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo. (RODRIGUES, Janaína. 25 de novembro: Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres)
Combater a violência contra a mulher é luta cotidiana das mulheres e de alguns homens e não se restringe apenas a violência física, psicológica, patrimonial e tantas outras, existe também a violência institucional e a violência política e este post falará sobre isso: Violência política. Abrindo também a série de posts para os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulher.
 Leia reportagem completa AQUI

Abaixo segue Chamada de outros artigos e e noticias, é so clicar no título que você sera direcionada/direcionado para o site:

SANTOS (SP):COMULHER lança Gibi BASTA! Diga Não à Violência contra a Mulher em solenidade na Prefeitura

Coquetel fatal de violações e impunidade 

Campanha pelo fim da violência contra a mulher começa hoje em mais de 160 países 

O tema da campanha este ano é Desde a Paz no Lar até a Paz no Mundo: Desafiemos o Militarismo e Terminemos com a Violência contra as Mulheres. O objetivo é buscar celeridade em inquéritos policiais e processos, além de sensibilizar da população sobre a importância de denunciar casos de violência contra mulheres.

Brasileiras vítimas de violência no exterior ganham serviço de apoio 

Secretaria de Promoção da Igualdade Racial cobra aprovação do projeto sobre cotas 

Chamada Blogagem Coletiva: Fim da Violência Contra a Mulher 

Campanha Quem ama, abraça, pelo fim da violência contra as mulheres 

GOIÂNIA: Câmara aprova o projeto da criação da Secretaria da Mulher 

Afegã é condenada a 12 anos de prisão por ter sido estuprada 

Frente e Verso: visões da lesbianidade

 

 

 Senadora Marta pede providências do presidente da Câmara contra Jair Bolsonaro 

CEARÁ: Advogado que matou esposa vai a júri depois de 15 anos

 Direitos Humanos – afinal, para quem?

Flashmob com Batucada! Pelo fim da violência contra mulheres e meninas - a coreógrafa e performancer Carina Sehn mostra os movimentos que representam  as agressões e as dores sentidas pelas mulheres vítimas de todo tipo de violência. 

Racismo e sexismo na mídia: uma questão ainda em pauta Rio de Janeiro, 29 de novembro a 1º de dezembro de 2011

Diálogos - Liberdade de Expressão e Diversidade de Gênero - Veet Vivarta

Dilma diz que, no Brasil, 'a pobreza tem duas faces: negra e feminina' 

Para Cfemea, faltam verbas e ações para combater violência contra mulheres

 Abraços, na luta #FimDaViolenciaContraMulher

 

 


 

 

 

Tuitaço pelo fim da violência contra mulher

Nesta sexta-feira, 25 de Novembro, é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. O Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia das Nações Unidas convida à todas e todos a participarem da Campanha #DigaNão à Violência Contra as Mulheres e Meninas nas Redes Sociais.

Esta iniciativa deve ser entendida como uma ação de toda a sociedade brasileira, comprometida com os valores e princípios dos direitos humanos e com o enfrentamento à violência contra a mulher.

Dados sobre a violência contra a mulher
Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Isso corresponde ao assassinato de 10 mulheres por dia no Brasil. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. As taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, conforme o Mapa da Violência 2010, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil).
Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres
A campanha do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres, convoca os governos, a sociedade civil, as organizações de mulheres, os jovens, o setor privado, a mídia e todo o Sistema ONU para unir forças na erradicação do fenômeno global da violência contra as mulheres e meninas. Saiba mais em www.onu.org.br/unase.

Agenda:
Tuitaço pela Eliminação da Violência Contra Mulheres e Meninas
Quando: 25/11 – sexta-feira
Onde: Redes Sociais da Internet
Como: Publique mensagens com a hashtag #DigaNão.

Veja abaixo algumas sugestões de Twitts do Programa Interagencial, crie o seu, divulgue e participe!

GERAL
Brasileiro #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Brasileira #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Homem #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Mulher #DigaNão a violência contra mulheres e meninas 

POR ESTADO
Acreano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Acreana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Alagoano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Alagoana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Amapaense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Amazonense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Baiano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Baiana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Cearense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Capixaba #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Goiano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Goiana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Maranhense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Mato-Grossense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Sul-Mato-Grossense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Mineiro #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Mineira #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Paraense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Paraibano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Paraibana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Paranaense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Pernambucano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Pernambucana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Piauiense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Carioca #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Potiguar #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Rondonense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Roraimense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Catarinense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Paulista #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Sergipano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Tocantinense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas 

POR TIME DE FUTEBOL
Flamenguista #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Corinthiano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Corinthiana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Sãopaulino #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Sãopaulina #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Palmeirense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Vascaíno #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Vascaína #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Gremista #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Cruzeirense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Santista #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Atleticano #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Atleticana #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Colorado #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Colorada #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Sport #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Botafoguense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Bahia #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Fluminense #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Vitória #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Coritiba #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Remo #DigaNão a violência contra mulheres e meninas
Torcedor@ do Paysandu #DigaNão a violência contra mulheres e meninas 
 Ou ainda com suas palavras e

Fonte: Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia http://www.generoracaetnia.org.br
 

Elton John- ( Vela ao Vento) Candle In The Wind. with lyrics


 

 Traduzindo a letra

Vela ao Vento

Adeus, Norma Jean,
Embora eu nunca a tenha conhecido
Você possuía o encanto de se manter de pé
Enquanto todos à sua volta rastejavam.
Como cupins saídos das madeiras,
E sussuravam para a sua mente,
E a colocaram num moinho, dando voltas
E a fizeram mudar de nome.

E me parece que você viveu sua vida
Como uma vela ao vento,
Sem saber onde se agarrar
Quando a chuva chegava.
E eu adoraria tê-la conhecido
Mas eu era só um garoto,
Sua vela queimou muito antes
Da sua lenda se apagar.

A solidão era difícil,
Foi o papel mais difícil que você encenou.
Hollywood criou uma superstar
E a dor foi o preço que você pagou.
Até mesmo quando morreu
A imprensa ainda lhe explorou -
Tudo que os jornais tinham a dizer
Foi que Marilyn foi encontrada morta nua.

Adeus, Norma Jean,
Do jovem que aos 22 anos
Lhe enxerga como algo muito mais que sexual,
Muito mais do que apenas nossa Marilyn Monroe.












































Elton John- Candle In The Wind. with lyrics - YouTube

Até quando? Mães que abandonam e mães abandonadas

Neste dia de Luta pela não violência contra mulher, me deparei com este artigo com o título Mães que abandonam e mães abandonadas" no Blog das Católicas pelo Direito de Decidir escrito por Maria Antonieta Pisano Motta .
Neste dia de Luta pela noão violencia contra mulheres, vamos refletir também sobre esta violência.Cito aqui algumas de suas colocações:

ALÉM DA ADOÇÃO
Inicia o texto assim "A tragédia do abandono de crianças se repete, inunda o noticiário e comove a opinião pública sem suscitar ações capazes de solucionar ou pelo menos atenuar significativamente os problemas sociais que a motivam. Para transformar essa realidade, precisamos superar mitos, temores e maniqueísmos"

SOBRE O MITO DO AMOR MATERNO
"O mito do amor materno nos impede de examinar com objetividade e clareza a questão para que possamos encontrar as soluções necessárias e adequadas para tal quadro, que retrata uma realidade social crônica, grave, mas que só vem à tona quando bebês boiam em lagoas."

SOBRE O PAPEL DA MÍDIA

Espetáculo do “bem” e do “mal”
"A mídia, por sua vez, acredita dar conta de seu papel social entrevistando mães que vivem com numerosos filhos, mulheres que esperam há anos pela adoção e outras que se sujeitaram aos processos dolorosos da fertilização assistida para tentar ter essa experiência, dita, incomparável. Em contraste com as atitudes de abandono, essas experiências reforçam o estigma que recai sobre a mãe quase assassina, “abandonante”, que contraria as “leis naturais”, cuja  “monstruosidade” não merece compreensão.
Não há entrevistas com as mães que não permanecem com os filhos; ninguém pergunta a elas o que as leva a tomar tal decisão. A respeito das que abandonam os filhos, ou mesmo daquelas que, embora com muita dor, entregam-nos em adoção, constroem-se hipóteses, especula-se, critica-se, julga-se e condena-se, mas poucos querem se aproximar, ouvir e, efetivamente, saber.
Poucos querem penetrar no mundo sombrio dessas almas para desvendar seus segredos, apurar suas dores e compreender seu desespero, sua loucura e até mesmo sua “maldade”.

SOBRE A AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PUBLICAS

"Bebês continuam nascendo, mães continuam com a mesma dificuldade de permanecer com eles. Nada mudou. Não se criaram políticas públicas de atendimento, a população não teve sua compreensão do fato ampliada, a mídia pouco se esclareceu e a rede paralela continua forte e firme colocando bebês em famílias que os esperam ansiosamente sem que ninguém se indigne, se contorça ou diga uma palavra para reclamar, denunciar. Julga-se, critica-se a mulher que pare, mas que não pode, e talvez não deva mesmo, permanecer com o filho que deu à luz.
As mulheres continuam sem saber o que fazer com os filhos indesejados. Os pretendentes a pais continuam ansiando pelo recém-nascido que imaginam lindo, sem marcas, sem história, a quem poderão criar à sua imagem e semelhança e cujo passado é, de preferência, “apagado”.


UMA PROPOSTA
"Nós, que nos chocamos com a irresponsabilidade das mães que abandonam os filhos, precisamos assumir a responsabilidade pela situação de abandono dessas mulheres numa realidade social da qual fazemos parte. E as nossas ações serão mais bem-sucedidas se, além disso, tivermos a coragem de assumir nosso desconforto ao lidar com situações que expõem velhos mitos a recobrir nossas próprias imperfeições como mães e pais meramente humanos, cujo amor nem sempre  é tão “natural”, automático, infinito ou incondicional.
Nossa proposta é a de que conheçamos minimamente essas mães para que a mentalidade em relação a elas possa mudar e, assim, iniciativas necessárias e urgentes possam se multiplicar e transformar a sociedade, tornando-a efetivamente mais justa e acolhedora."

Maria Antonieta Pisano Motta é Psicóloga e psicanalista, autora do livro Mães Abandonadas: a entrega de um filho em adoção (Cortez, 2008)

Leia reportagem completa AQUI

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO DO CENTRO DE DEFESA E CONVIVÊNCIA DA MULHER “VIVIANE DOS SANTOS


NOTA DE REPÚDIO DO CENTRO DE DEFESA E CONVIVÊNCIA DA MULHER
“VIVIANE DOS SANTOS”

Na semana do dia 25 de novembro: Dia Internacional de combate à violência contra a mulher, a Casa Viviane dos Santos repudia as mortes de mulheres ocorridas no Jd. Bandeirantes durante este ano de 2011.

Os fatos ocorridos no Lajeado, distrito da Zone Leste de São Paulo, local de abrangência de atendimento deste serviço refletem a situação alarmante das mulheres mortas pelo machismo. Frente a todas as mortes de mulheres executadas por pessoas íntimas, a Casa Viviane vem a público repudiar a torpe e sórdida prática de um tipo específico de assassinato: aquele decorrente das situações de violência doméstica e intrafamiliar, tipificadas pela Lei Maria da Penha (11.340/06).

O Jd. Bandeirante teve no último final de semana uma mulher morta a tiros pelo ex-companheiro, que não aceitou a separação. Ela estava grávida dele e foi assassinada em um comercio da comunidade onde morava.

Há cerca de quatro meses outra morte abalou a comunidade: uma menina de 14 anos foi esfaqueada pelo marido de sua tia. Ambas as causas de morte seguem sob investigação.
Basta de Violência Contra a Mulher! Basta de Assassinatos! É uma vergonha a estatística brasileira de que a cada 20 segundos uma mulher é agredida!
O lar acaba sendo o ambiente mais inseguro para as mulheres.

Desta forma, estamos repudiando os casos de violência doméstica ocorrida diariamente nos lares desta região e conclamamos a todas as pessoas, mulheres e homens, sociedade civil e governamental, a enfrentarmos juntos este problema buscando ações de transformação desta cruel realidade.

A erradicação da violência doméstica contra mulheres dependerá do comprometimento de toda a sociedade. Dependerá também do esforço das mulheres em não se calarem frente a situações de violência.

Dependerá ainda de iniciativas de políticas públicas que visem o combate a qualquer tipo de violência contra a mulher. Solicitamos aos órgãos públicos que tomem as medidas cabíveis de investigação e prisão dos assassinos.

Neste momento de dor, queremos oferecer nosso apoio e solidariedade aos familiares das vítimas  e contamos com participação dos tod@s no enfrentamento e combate da violência contra a mulher.

Campanha vai chamar a atenção da sociedade para a violência contra a mulher

Da Agência Brasil
 Em comemoração aos 30 anos do Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra Mulheres, a Rede de Desenvolvimento Humano e o Instituto Magna Mater lançam a campanha Quem Ama, Abraça – Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, com eventos hoje (23) e sexta-feira (25), no Espaço Cultural do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e no Largo da Carioca, no centro do Rio.
A campanha tem como principal objetivo chamar a atenção da população para os dados alarmantes, extraídos do Mapa da Violência 2011, do Ministério da Justiça, e da pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc).
A pesquisa constatou que 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica; que a cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil; que seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; e que a cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no país.
“Tivemos a preocupação de fazer uma campanha que dialogasse com a sociedade. O que queremos muito é atrair a sociedade, as pessoas, homens e mulheres, para que a gente possa fazer um mutirão. Criar uma grande onda de abraços pelo fim da violência contra as mulheres. Infelizmente, os dados que temos até hoje são assustadores”, ressaltou a coordenadora executiva da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), Schuma Schumaher.
Segundo a coordenadora, existem leis que garantem proteção para a mulher que denuncia seu agressor, e é importante denunciar os agressores. Para ela, o movimento busca assegurar os direitos das mulheres e é preciso encontrar meios para que os índices de violência sejam menores na sociedade.
Desde o dia 16 de novembro, sete estatuetas de mulheres estão espalhadas em pontos de grande movimento da cidade. A intervenção faz parte da ação Mulheres pela Cidade, que se propõe, por meio de representação simbólica de estatuetas de madeiras, a mostrar às autoridades e à opinião pública como as mulheres são tratadas.
De sexta-feira (25) ao dia 10 de dezembro, a campanha Quem Ama, Abraça estará na TV, no metrô e nas ruas de importantes cidades brasileiras. A campanha conta ainda com veiculação nacional de um videoclipe gravado por grandes nomes da música brasileira, a ser lançado no portal www.quemamaabraca.org.br, além de intervenções urbanas .
Esta é a primeira vez que o movimento se apresenta no Brasil. Além do Rio, foram colocadas estatuetas nas cidades de Porto Alegre, Vitória, Natal e Belém.



Edição: Graça Adjuto
Fonte :
Campanha vai chamar a atenção da sociedade para a violência contra a mulher

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O CUSTO ECONÔMICO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Segundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento:

· Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
· A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável se ela sofre violência doméstica.
· O estupro e a violência doméstica são causas importantes de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.
· Na América Latina e Caribe, a violência doméstica atinge entre 25% a 50% das mulheres.
· Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente ganha menos do que aquela que não vive em situação de violência.
· No Canadá, um estudo estimou que os custos da violência contra as mulheres superam 1 bilhão de dólares canadenses por ano em serviços, incluindo polícia, sistema de justiça criminal, aconselhamento e capacitação.
· Nos Estados Unidos, um levantamento estimou o custo com a violência contra as mulheres entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões ao ano.
· Segundo o Banco Mundial, nos países em desenvolvimento, estima-se que entre 5% a 16% de anos de vida saudável são perdidos pelas mulheres em idade reprodutiva como resultado da violência doméstica.
· Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimou que o custo total da violência doméstica oscila entre 1,6% e 2% do PIB de um país.

Fonte: Marcha das Vadias Belem 

cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra a mulher

Dia 25 de novembro é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Para marcar a data, um grupo de feministas blogueiras-tuiteiras-interneteiras, inspiradas nos 16 dias de ativismo, propõe fazermos de novo cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra a mulher, de 21 a 25 de novembro. Durante os cinco dias pautaremos nossos blogues e perfis nas redes sociais com denúncias de casos de violência contra mulher, depoimentos, formas de prevenção e combate à violência de gênero, indicaremos o uso do 180 (Central de Atendimento à Mulher) e divulgaremos os artigos da Lei Maria da Penha. Indicamos o uso da cor lilás e da temática feminista nos BGs no tuíter (imagem de fundo do perfil), avatares (foto de identificação nas redes sociais da web) e o uso do banner da campanha para identificar os blogues participantes. Tentaremos pautar os veículos de comunicação de massa e as parlamentares das bancadas feministas para que intervenham nos plenários lembrando o 25 de novembro. Essa campanha foi pensada e construída sob a ótica feminista da colaboração, da construção solidária e coletiva. Não há donas(os) e sim colaboradoras(es) e participantes. Junte-se a nós contribuindo com o tempo e a ferramenta que dispuser. Uma vida sem violência é direito de todas as mulheres. Lutamos contra todas formas de opressão e violência e acreditamos que qualquer iniciativa, por menor que pareça, ajuda a construir a cultura de paz que tanto necessitamos. Outras sugestões são bem-vindas. Os cinco dias de ativismo online pelo fim da violência contra mulher antecede a campanha mundial dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que inicia no 25 de novembro e vai até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

Combate ao racismo e ao sexismo destaque na Code

Gênero e raça estarão em destaque, a partir de Hoje  (23/11), na 2ª Conferência do Desenvolvimento



Em arena de debates organizada pelo IPEA, ONU Mulheres, SPM e Seppir,  temática é elevada aos grandes temas   a serem considerados no desenvolvimento do País. De 23 a 25 de novembro, especialistas vão analisar políticas públicas, oportunidades e desafios para a superação das desigualdades raciais e de gênero
 Alçado entre os grandes temas destacados pela 2ª Conferência do Desenvolvimento - Code, o combate ao racismo e ao sexismo será discutido na perspectiva dos indicadores socioeconômicos, que registram as desigualdades de gênero e raça, a partir da próxima quarta-feira (23/11), em Brasília. Com extensa programação, o Espaço Gênero e Raça vai concentrar os debates sobre a análise das políticas públicas, oportunidades e desafios para a superação das desigualdades.

Terá, ainda, lançamento da pesquisa “Participação das mulheres no processo eleitoral de 2010”, lançamento de dois livros “Redistribuição, reconhecimento e representação: diálogos sobre a igualdade de gênero” e “Tensões e experiências: um retrato das trabalhadoras domésticas de Brasília e Salvador” e mostra fotográfica sobre mulheres negras, jovens, do campo e da cidade.
A programação será inaugurada, às 14h30 do dia 23 de novembro, com a apresentação da 4ª edição do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, elaborado pelo IPEA, ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. A análise coloca em evidência 12 áreas temáticas: demografia, chefia de família, educação, saúde, previdência e assistência social, trabalho, trabalho doméstico, habitação e saneamento, acesso a bens duráveis e exclusão digital, pobreza e desigualdade de renda, uso do tempo e vitimização.

Das 16h30 às 18h30 serão iniciados os debates sobre os blocos temáticos do estudo. O primeiro deles “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: bloco temático saúde e educação” terá as participações de Emanuelle Goés (UFBA), Edilza Sotero (USP), Edilza Lobo (IPEA) e Fernanda Lopes (UNFPA) acerca dos processos de geração e perpetuação das diferenças e das desigualdades de mulheres e homens, brancos/as e negros/as.

Na quinta-feira (24/11), as reflexões recomeçam, às 8h30, na mesa “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: bloco temático vitimização”, composta por Carla Andrade (IPEA), Jackeline Romio (Unicamp) e Ana Sabóia (IBGE) sobre a compreensão de fenômenos como a violência de gênero e contra a juventude negra. A partir das 10h30, terá início o painel “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: bloco temático renda, pobreza e desigualdade” será desenvolvido por Tatiana Silva (IPEA), tendo como debatedora a especialista em saúde pública Maria Inês Barbosa e foco nas dimensões de pobreza e desigualdade de renda frente às estratégias recentes do governo federal de enfrentamento à extrema pobreza.

Ainda na quinta-feira (24/11), haverá a mesa “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: bloco temático uso do tempo”, das 14h30 às 16h30, com exposição de Cristiana Luiz (UNB) e Márcia Leporace (SPM) e debate de Vera Soares (Ministério da Ciência e Tecnologia) acerca da desigual distribuição do tempo entre trabalho doméstico não remunerado e mercado de trabalho, responsabilização feminina pelas atividades de cuidados e impacto nos diferentes grupos de mulheres. A roda do dia se encerrará no painel “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça: bloco temático habitação, saneamento, acesso a bens duráveis e exclusão digital”. O tema será apresentado, das 16h30 às 18h30, por Pensilvânia Neves (Unifacs/BA) e Layla Carvalho (UNB), tendo como debatedora Ana Izabel (UFRJ).

Participação política, mídia e trabalho doméstico
Os resultados da pesquisa “Participação das mulheres no processo eleitoral de 2010” serão apresentados, das 8h30 às 12h30, na mesa “Representação política, gênero e desenvolvimento”, composta por José Eustáquio Alves (IBGE), Marlise Matos (UFMG) e Jacira Melo (Instituto Patrícia Galvão), com moderação de Nina Madsen (SPM). O estudo foi financiado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e realizado pelo Consórcio Bertha Lutz, integrado por pesquisadores de núcleos de pesquisas de universidades e organizações sociais. A pesquisa se desenvolveu por meios de três eixos: comportamento, tendências e percepções do eleitorado brasileiro, monitoramento das campanhas e candidaturas, e monitoramento da mídia jornalística.
Outro lançamento vai atrair as atenções no período da tarde, das 14h30 às 16h30, quando da apresentação do livro “Redistribuição, reconhecimento e representação: diálogos sobre a igualdade de gênero”, que concentra os debates realizados ao longo de dois anos no IPEA acerca da saúde, trabalho, violência e participação política sob a perspectiva de gênero e da igualdade entre homens e mulheres. O ato terá as exposições de Maria Aparecida Abreu (IPEA) sobre debate feminista e políticas sociais, Flávia Biroli (UNB) acerca de mulheres, mídia e política e Jacqueline Brigagão (USP) sobre mulheres, direitos sexuais, reprodutivos e políticas de saúde.

O último painel “Retrato da Desigualdade de Gênero e Raça: bloco temático trabalho e trabalho doméstico” e lançamento do livro “Tensões e experiências: um retrato das trabalhadoras domésticas de Brasília e Salvador”, de autoria do CFEMA, ONU Mulheres, OIT e IPEA completam a rodada de grandes temas de pesquisa e reflexão sobre políticas públicas e impactos nas populações de mulheres e homens, negros e brancos. A mesa será integrada por Joaze Bernardino-Costa (UNB) e Mônica Oliveira (Seppir), tendo como debatedora Betânia Ávila (SOS Corpo).

Arte para os olhos e a alma
O pulsante ativismo e a mobilização de mulheres negras, jovens, do campo e da cidade estão documentados pelas lentes de um grupo de fotógrafas e fotógrafos. Durante a 2ª Code, o público vai poder conferir as três exposições. “Vozes-Mulheres” sai do livro-fotografia 2011 – Ano Internacional das e dos Afrodescendentes, produzido pela ONU Mulheres com poema de Conceição Evaristo e produção fotográfica e estética de Januário Garcia e Luiz Gá, respectivamente, para o formato mostra de fotografia.
As fotógrafas Alexandra Costa, Elaine Campos, Julia Zamboni e Rayane Noronha retratam um movimento do qual fazem parte como jovens mulheres feministas na exposição “Mulheres em Marcha”. Enquanto “Retrato das Mulheres Brasileiras e Margaridas”, de Sydnei Murrieta, mergulha na diversidade feminina. O grupo de fotógrafas e fotógrafos participará na sexta-feira (25/11), às 16h30, de uma roda de conversa sobre suas produções no Espaço Latinidades.
2ª Conferência Nacional do Desenvolvimento – Code
Data:
23 a 25/11/2011
Horário: das 8h30 às 21h
Local: Parque de Exposições (Parque da Cidade) – Brasília/DF
Informações: www.ipea.gov.br/code
Fonte : UNIFEM