terça-feira, 28 de agosto de 2012

O machismo nosso de cada dia

Precisamos nos conscientizar sobre a diversidade, sobre o que pode ser preconceito com outras identidades de gênero. Se você não está enquadrado como macho ou fêmea, se você não é o homem machão, ou se você não é a mulher feminilizada será descriminado pela nossa sociedade machista. As pessoas não precisam assumir uma identidade dentro dos padrões heterossexuais, toda essa coisa binária. Cada um tem a total liberdade para fazer o que quiser com o próprio corpo, sem influência do discurso médico ou religioso. Ninguém gosta de ser enquadrado, de receber um rótulo. Porque enquadrar é fixar, é matar.

(Texto baseado no vídeo CUCETA - A Cultura Queer de Solange Tô Aberta)
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=465545823476998&set=a.396729613691953.99341.396630023701912&type=1&ref=nf

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pílula anticoncepcional masculina está perto da realidade, dizem cientistas


Por REINALDO JOSÉ LOPES - EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

DÉBORA MISMETTI - EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"


A versão masculina da pílula anticoncepcional nunca esteve tão perto da realidade, afirma uma pesquisa que acaba de ser publicada numa das principais revistas científicas do mundo, a "Cell".
Por enquanto, a substância, conhecida pelo codinome JQ1, só foi testada em camundongos e ratos, mas isso não impediu os autores do estudo de usar uma linguagem confiante que não é muito comum em artigos científicos.
"Acreditamos que nossas descobertas poderão ser adaptadas completamente para seres humanos, criando uma estratégia inovadora e eficaz de anticoncepcional masculino", escrevem eles.
A bravata faz sentido? Cientistas não envolvidos no estudo dizem que sim. Em primeiro lugar, o método demonstrado por Martin Matzuk, da Faculdade Baylor de Medicina, no Texas, e James Bradner, da Universidade Harvard, é reversível.
Bastou que os bichos usados no estudo parassem de levar injeções da JQ1 para que se tornassem totalmente férteis, gerando filhotes que, pelo que se sabe, são normais.
A substância também não mexe com os hormônios sexuais, como a testosterona. Por isso, o interesse sexual, bem como a capacidade de cortejar fêmeas e copular com elas, ficou intacta nos roedores usados como cobaias.
EMPACOTADO
O alvo da nova droga é uma proteína aparentemente crucial para "desempacotar" o DNA das células que estão virando espermatozoides.
Esse processo complexo, com uma série de passos específicos (veja quadro à dir.), transforma células normais nas criaturas extremamente especializadas que nadam rumo ao óvulo para fecundá-lo.
Em essência, o que a JQ1 faz é travar o desempacotamento, impedindo que os genes certos sejam ativados para essa metamorfose.
O resultado foi uma redução dramática do número de espermatozoides dos bichos: após seis semanas recebendo injeções duas vezes ao dia, só 11% da quantidade normal das células estava presente.
E mesmo os espermatozoides sobreviventes do massacre não "sabiam" nadar -só 5% deles se movimentavam normalmente.
Matzuk disse à Folha que ainda há detalhes a melhorar. "Vamos tentar modificar a nossa molécula para que ela tenha ação mais específica. E também vamos pensar em como aplicar a substância em pacientes humanos."
Segundo ele, o método final poderia ser uma pílula ou injeções que permitam a liberação lenta e gradual da substância no organismo.
Ele minimiza o único efeito colateral da droga nos roedores: a diminuição do tamanho dos testículos, que vai de 15% a 50% nos bichos.
"Isso já é algo normalmente variável nos homens. O importante é que não há efeitos no pênis ou no desejo sexual", afirma Matzuk.
Resta saber se os homens seriam tão assíduos quanto as mulheres ao se proteger.
A empresária Aline Lopes, 31, de São Paulo, usou anticoncepcionais por dez anos e agora deu uma pausa, por causa dos efeitos colaterais. Mesmo assim, prefere não delegar a tarefa a um homem.
"A mulher tem mais disciplina para tomar remédios. Só confiaria se fosse um homem muito caxias, certinho, mas isso é difícil de achar. Prefiro eu mesma tomar."
Para Aline, só depois de muito tempo de relacionamento seria possível entregar a responsabilidade da contracepção a um companheiro. "Não seria algo imediato."
Editoria de arte/folhapress
Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

LEI MARIA DA PENHA: Lembranças amargas em Gabriela

Mas a noite de terça-feira, 7 de agosto, marcou o grande descompasso entre cidadania e a dramaturgia, cidadania e novela, cidadania e TV Globo. Refiro-me à novela Gabriela, adaptada do romance Gabriela, cravo e canela do genial Jorge Amado, que reúne a chamada prata da casa – Antonio Fagundes, Maitê Proença, José Wilker, Laura Cardoso, Ari Fontoura, Juliana Paes, Mateus Solano, Humberto Martins etc – e investe pesado na recriação de Ilhéus nas primeiras décadas do século 20. Trata-se de esmerada superprodução de TV Globo: fotografia deslumbrante e caracterizações algo como a meio passo da perfeição. A recriação do Bataclan, abrigo das prostitutas da região, verdadeiro Moulin Rouge encravado na geografia baiana, é um capítulo à parte com seu clima de clube de mafiosos tão onipresente na Chicago de 1920.

Mas se a história é saborosa, o elenco impecável – conta até com uma antológica Ivete Sangalo no papel da cafetina Maria Machadão –, a música interpretada por uma faceira Gal Costa é do nosso maestro soberano Tom Jobim, as imagens em tudo se aproximam da qualidade cinematográfica... Então, qual o problema? Qual o descompasso? Qual a razão da implicância?

É que exatamente em 7 de agosto a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) celebrou seu sexto aniversário de vigência. É resultado direto da luta das mulheres brasileiras e do avanço legislativo internacional no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher. Não é extemporâneo recordar que a lei é considerada uma das mais avançadas do mundo e principal instrumento para mulheres se defenderem de seus agressores. E o que isso tem a ver com a superprodução da Vênus Platinada?

O capítulo de Gabriela de 7 de agosto foi quase que inteiramente dedicado à performance do Coronel Jesuino (José Wilker) para lavar com sangue a sua honra: mata a tiros e à queima roupa sua esposa Dona Sinhazinha (Maitê Proença) na cama com seu amante, o dentista Dr. Osmundo (Erik Marmo), que teve o mesmo fim. O capítulo é pródigo em mostrar as mais variadas moções de solidariedade a Jesuíno. E elas vêm dos coronéis, chefes políticos, advogados, políticos, latifundiários, damas da sociedade. Todos concordam entusiasticamente com o ato do assassino confesso.

Em um país onde a violência contra a mulher vem de muito longe, talvez trazida ainda nas caravelas de Cabral, nos idos de 1500, foi no mínimo irônico e de profundo mau gosto comemorar uma infante lei – em vigor há seis anos apenas – trazendo a lume muito do pensamento arcaico, sectário e violento que insiste em sobreviver em nosso inconsciente coletivo, revivendo-o em cenas e falas dos ícones maiores de nossa teledramaturgia.

Curiosamente, poucas horas antes de o capítulo ser exibido, estiveram em solenidade no Senado Federal para comemorar o aniversário da Lei Maria da Penha os atores da TV Globo Malvino Salvador e Oscar Magrini. No fundo, talvez pensassem estar celebrando o sexto aniversário da promulgação de uma hipotética lei... Sinhazinha da Penha.

***
[Washington Araújo é jornalista e escritor; mantém o blog http://www.cidadaodomundo.org]

Leia reportagem completa AQUI LEI MARIA DA PENHA: Lembranças amargas em Gabriela

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tráfico de Pessoas e Migração são temas de Encontro Internacional que será realizado em São Paulo

Rogéria Araújo *

Adital - O fluxo de pessoas que deixa seu país de origem e o tráfico de seres humanos são dois problemas que estão ligados. Este é um dos temas que será abordado no VII Encontro Internacional sobre Tráfico de Pessoas, que será realizado de 19 a 21 de setembro deste ano, em São Paulo. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas on line, através do site www.memorial.org.br.

Este ano o eixo central do encontro será "A Migração e o Tráfico de Pessoas na América Latina". Considerado um crime invisível, mas que representa um dos maiores lucros mundiais, o tráfico de seres humanos vem mobilizando iniciativas da sociedade civil, setores públicos e entidades de direitos humanos numa articulação conjunta a fim de denunciar e cobrar dos Estados mais compromissos com os protocolos já assinados que proíbem o tráfico de pessoas.

Para Dimitri Sales, advogado e vice-presidente do Instituto Latino-americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Iladh), é muito importante situar a questão da migração, sobretudo na região latino-americana, para que o assunto tenha mais visibilidade e para que seja possível conhecer mais a realidade e saber que direções tomar.

"Acima de tudo é muito importante lançar uma luz sobre um problema grave que até então não teve a devida atenção merecida, que é o tráfico da vida humana. Nossa intenção, nesse evento, é que possamos sair fortalecidos para fazer frente a isso", esclareceu Dimitri Sales.

A escolha pelo tema sobre migração é bastante oportuna. Mesmo não tendo um número definido, pois é encoberto muitas vezes pela clandestinidade, sabe-se que o fluxo migratório na América Latina é crescente. Atualmente, acrescenta Sales, existem mais facilidades de trânsito de um país a outro. "Mas chegando do outro lado, são muitos as dificuldades enfrentadas pelos/as migrantes como a xenofobia, as situações análogas à escravidão, muitos países não estão preparados para acolher esses migrantes. Isso gera uma série de problemas que só tendem a aumentar", falou o vice-presidente do Iladh.

Acrescenta que os avanços tecnológicos estabeleceram uma rede de contatos que facilita atravessar as fronteiras, mas - nesse contexto - o que era para ser um benefício termina resultando em violação aos direitos humanos.

Outro momento importante deste encontro é o que abordará o Brasil - que daqui a alguns anos será o foco mundial por conta dos eventos esportivos internacionais. Com a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 é provável que seja aberto um canal a mais para o tráfico de seres humanos.

Para isso, disse Dimitri, é preciso estar preparado para proteger a integridade das pessoas e garantir que seus direitos não sejam violados. "Vamos estar num calendário mundial e aqui temos uma situação de pessoas mais vulneráveis. É preciso proteger as pessoas nesses eventos, proteger nossos cidadãos e cidadãs e também os outros que vêm de fora", falou.

Falando sobre um contexto mais geral de América Latina e mundo, o vice-presidente do Instituto afirma que muito ainda há de se fazer por parte dos Estados. Ele cita como exemplo o Brasil que chegou a elaborar o I e o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, mas que até agora não apresentou resultados concretos.

Da mesma forma essas articulações enfrentam dificuldades em todo o mundo. "São dificuldades financeiras, políticas, essa preparação, em nível de Estados, para lidar com o tráfico de pessoas ainda não aconteceu como deveria. Mas por outro lado, a sociedade civil está conseguindo se articular para ser uma voz de pressão frente a esse problema", ressaltou.

O Encontro
O VII Encontro Internacional sobre Tráfico de Pessoas é uma realização do Instituto Latino-Americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e da Fundação Memorial da América Latina, e conta com o apoio do Movimento Contra o Tráfico de Pessoas.

As atividades serão realizadas de 19 a 21 de setembro, das 8h30 às 18h, na Sala de Espelho do Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina. A entrada é franca.

A programação completa em: www.memorial.org.br.

Dados
A globalização do mercado é apontada como um dos fatores que levou o incremento do crime. Hoje existem redes internacionais interligadas que movimentam milhares de dólares.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), se estima que em todo o mundo 2,5 milhões de pessoas sejam vítimas de tráfico. A maior parcela é formada por mulheres (66%).

* Jornalista da Adital
Tráfico de Pessoas e Migração são temas de Encontro Internacional que será realizado em São Paulo

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Entidades e redes aderem à carta da Relatoria de Saúde Sexual e Reprodutiva sobre o Caso Alyne

A Relatoria do Direito à Saúde Reprodutiva da Plataforma Dhesca enviou no dia 10 de agosto de 2012, na data do aniversário da decisão do Comitê CEDAW, carta às autoridades brasileiras solicitando providências imediatas para a implementação das recomendações do Comitê CEDAW pelo governo brasileiro, juntamente com outras entidades parceiras.

Na sequência, várias outras organizações e redes da sociedade civil brasileira manifestaram interesse em aderir a carta tendo em vista a relevância do caso Alyne para os direitos reprodutivos das mulheres no Brasil, na América Latina e no mundo.



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Fonte: Entidades e redes aderem à carta da Relatoria de Saúde Sexual e Reprodutiva sobre o Caso Alyne

domingo, 19 de agosto de 2012

Em São Paulo, seminário debate desafios para a igualdade e autonomia das mulheres

Adital
Sempreviva Organização Feminista(SOF) considera essencial a construção de práticas que possibilitem a autonomia econômica das mulheres como forma de construção da igualdade e de combate à violência. Visando ao aprofundamento deste debate, foi organizado o Seminário Feminismo, economia e política: desafios para a igualdade e autonomia das mulheres, de 28 a 30 de agosto em São Paulo/SP.

Durante o evento, serão realizadas mesas de debate com as temáticas: Economia feminista e o trabalho das mulheres, Crítica Feminista à sociedade de mercado, avanços e desafios das políticas para as mulheres na América Latina e Políticas de Igualdade. Por fim, haverá uma mesa redonda que irá abordar os ‘Olhares do movimento feminista sobre os desafios para avançar em propostas de transformações integrais’.

Faça sua inscrição e obtenha mais informações em: http://economiaefeminismo.wordpress.com.
Em São Paulo, seminário debate desafios para a igualdade e autonomia das mulheres

sábado, 18 de agosto de 2012

CASO ALYNE - Destino evitável, por Debora Diniz

Alyne era uma jovem mulher casada, mãe de uma menina de 5 anos. Morreu grávida e sua morte é adjetivada como evitável pelas estatísticas internacionais. Morreu porque não foi devidamente cuidada. Morreu após dolorosa peregrinação e sofrimento pelas macas e corredores de hospitais na periferia do Rio de Janeiro. Alyne morreu porque queria ser mãe e aos seis meses de gestação adoeceu, mas sua dor não foi cuidada.
Leia matéria completa neste link CASO ALYNE - Destino evitável, por Debora Diniz

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Dia 29 de agosto Evento gratuito fala de saúde sexual feminina





São Paulo, agosto de 2012 – Dia 29 de agosto, quarta-feira, às 19h, o FEMME Laboratório da Mulher promove um evento exclusivo para as mulheres para falar de ‘vida sexual saudável’. A palestra será ministrada pelo Dr. Nelson Gonçalves, ginecologista e especialista em medicina sexual, que abordará os mais diferentes assuntos que norteiam a revolução e a saúde sexual feminina, como prazer, sexo na gravidez, falta de libido e etc.

O evento faz parte do #vidademulher, uma campanha do FEMME para facilitar o acesso das mulheres a um conteúdo responsável sobre saúde feminina e qualidade de vida.

As inscrições serão feitas através do site www.laboratoriodamulher.com.br ou pelo telefone (11) 3050-9043. O evento é gratuito e as vagas, limitadas.

Ao final da palestra, haverá um coffee e sorteio de brindes especiais para serem usados a dois.

Serviço:
Data: 29/08/12 - quarta-feira
Horário: 19h
Endereço: Rua Afonso de Freitas, 188 – Paraíso, São Paulo (próximo ao metrô Paraíso)

TORTURADOR: “Essa vitória não é só da família Teles, é de todo o Brasil”

Ex-presos políticos, familiares de mortos e desaparecidos políticos, ativistas de direitos humanos e movimentos sociais realizaram nesta terça-feira (14) um ato contra Carlos Brilhante Ustra em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, no mesmo momento em que seu recurso contra a sentença que o declarou torturador era julgado.



Isabel Harari - Carta Maior
Reportagem completa neste link TORTURADOR: “Essa vitória não é só da família Teles, é de todo o Brasil”

JUVENTUDE, RELIGIÃO E ÉTICA SEXUAL

Por Valéria Melki Busin
A juventude brasileira vem lutando de forma organizada para garantir seus direitos, entre eles o direito à autonomia, à saúde, à educação de qualidade em todos os níveis escolares.
Em relação ao exercício livre e responsável da sexualidade, porém, os jovens brasileiros/as ainda enfrentam muitos problemas: têm pouca ou nenhuma educação sexual, dificuldade de acesso a métodos de contracepção - como pílula anticoncepcional e camisinha -, além de se depararem com um discurso conservador, muitas vezes baseado em concepções religiosas que colocam o sexo como um mal a ser evitado.

Jovens com inserção religiosa, especialmente os/as que se vinculam a uma religião cristã, vêem-se muitas vezes em uma encruzilhada ética: a sociedade, especialmente por meio da mídia, os/as estimula febrilmente a exercer a sexualidade, mas sua religião impõe restrições muitas vezes difíceis de seguir. Como tomar a decisão certa? Como exercer ou expressar a sua sexualidade sem se torturar com condenação e culpa, e sem abandonar sua religião?

Este livro pretende colaborar para uma reflexão ética sobre esses e outros temas relacionados à sexualidade da juventude brasileira.


fonte: Católicas pelo Direitos a Decidir 
JUVENTUDE, RELIGIÃO E ÉTICA SEXUAL

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

DF: Vítimas da violência e da intolerância

O DF é a segunda unidade da Federação com maior taxa de denúncias feitas por homossexuais para cada grupo de 100 mil habitantes. Perde para o Piauí, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Leia matéria completa no link DF: Vítimas da violência e da intolerância

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

DF: Grávidas sem testes de toxoplasmose

Por falta de reagentes, a rede pública suspendeu os exames que são fundamentais principalmente para os bebês. Em quatro meses, 40 mil pessoas deixaram de ser atendidas. O GDF reconhece o problema e diz que processo de compra está em andamento

Veja matéria completa link DF: Grávidas sem testes de toxoplasmose

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Lançada campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha”

Data: 07/08/2012
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), participou nesta terça-feira (7) do lançamento da campanha “Compromisso e Atitude – A Lei é mais forte”, que busca fortalecer a Lei Maria da Penha e elaborar estratégias para o enfrentamento à violência contra a mulher. A ação ocorreu durante o Encontro Nacional de Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres, organizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República.
Maria do Rosário informou que a maioria das denúncias recebidas pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100) este ano dão conta de violações dos direitos de mulheres e meninas. “Quero dizer a vocês que o governo da presidenta Dilma Rousseff tem o firme propósito de acabar com a violência contra as mulheres até 2014, da mesma maneira que trabalha para erradicar a miséria”, afirmou para as cerca de 400 pessoas que participam do encontro.
Durante o Encontro Nacional, que marca o sexto aniversário da Lei Maria da Penha e segue até quarta-feira (8), serão discutidas questões voltadas ao atendimento às mulheres, o papel das Delegacias Especializadas frente a novos cenários de enfrentamento à violência contra a mulher, além do impacto do uso das drogas e a exploração sexual das mulheres.
Também estiveram presentes na abertura do evento a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, a ministra Eleonora Menicucci, Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República; a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; a ministra da Cultura, Ana de Hollanda; e o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria geral da Presidência da República.

Assessoria de Comunicação Social
07/AGO/12 - Lançada campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha” — Secretaria de Direitos Humanos

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cultura Afro-brasileira na Bienal dia 12 de agosto



É a primeira vez que a programação cultural contempla o tema. Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, é autor dos livros Literatura negro-brasileira e da biografia de Lima Barreto, ambos da Selo Negro Edições. O debate será no dia 12 de agosto, 14h
O escritor e pesquisador Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, autor dos livros Literatura negro-brasileira e Lima Barreto (Selo Negro Edições), participa no domingo, 12 de agosto, às 14h, da mesa sobre literatura negra, que acontece no Salão de Ideias, da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Com mediação de Heloisa Pires, Cuti debate o tema com o jornalista José Nabor. Serão distribuídas senhas duas horas antes da atração. O Salão de Ideias fica Rua K, nr. 80. Quem quiser adquirir os livros, poderá encontrá-los no estande da Book Partners (Rua C, nr. 60). Durante o mês de agosto, todas as obras do Grupo Editorial Summus serão vendidas com 30% de desconto.

Com o avanço das lutas contra o racismo, nas últimas décadas do século XX, os negros começaram a se tornar protagonistas das suas obras. Usando a palavra como forma de resistência, diversos escritores e poetas criaram uma produção diferenciada, com nuanças específicas, baseadas nos elementos culturais de origem africana e no resgate da dignidade. No livro Literatura negro-brasileira (152 p., R$ 16,80, com desconto promocional), quarto volume da Coleção Consciência em Debate, Cuti analisa a participação do negro, como personagem, autor e leitor, na literatura brasileira.

Escritor profícuo e grande pesquisador, Cuti destaca os precursores e a nova geração dessa corrente - que alcançou um patamar significativo com os trinta anos de edição ininterrupta dos Cadernos Negros, coletânea anual de poemas e contos. "A literatura é alimento para o nosso imaginário, que se move o tempo todo, recebendo, produzindo e reproduzindo ideias, palavras, frases, imagens sobre o que somos como pessoa e povo", revela o autor. Para ele, as palavras carregadas de emoções nutrem a dimensão interna de nosso ser. "Nossas relações inter-raciais também são mediadas pelo texto não referencial", complementa. A obra cumpre, nessa dinâmica, o papel de trazer um deslocamento de perspectiva na superfície e na profundidade do texto ficcional e poético, estabelecendo uma formação discursiva dissonante no contexto hegemônico da ideologia racista que ainda vigora nos meios de comunicação brasileiros.

Lima Barreto
Autor de obras-primas como Triste fim de Policarpo Quaresma e Recordações do escrivão Isaías Caminha, Lima Barreto foi duramente rechaçado pelos críticos. No livro Lima Barreto (128 p., R$ 16,80, com desconto promocional), sétimo volume da Coleção Retratos do Brasil Negro, Cuti analisa a produção do escritor e mostra a atualidade dos problemas que ele apontou no início do século XX. "Ainda hoje, seus livros travam uma luta contra as forças de exclusão social, muito poderosas no Brasil. Elas interferem na cultura, em especial nas artes, que têm o poder de alimentar nosso imaginário", afirma o autor.

Considerado um dos representantes máximos do pré-modernismo brasileiro, Barreto criou personagens inesquecíveis, como o quixotesco major Quaresma e a ingênua Clara dos Anjos. Seus escritos sempre denunciaram o papel marginal a que negros e negro-mestiços eram relegados em sua época. Crítico do racismo, da burocracia, da corrupção, sofreu, ao longo de sua vida, diversos preconceitos, aos quais respondeu com uma obra vigorosa. A lucidez com que retrata os primeiros anos do século XX tornou-se fonte de amplas reflexões para educadores, pesquisadores, militantes do movimento negro e todos aqueles envolvidos na construção de um Brasil mais solidário.

Serviço:
Evento: Salão de Ideias sobre Literatura negra, na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo*
Participação: Luiz Silva (Cuti), José Nabor e Heloisa Pires (mediadora)
Data: 12 de agosto, domingo
Hora: 14h
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1.209 | Santana - São Paulo/SP
Informações: www.bienaldolivrosp.com.br
*retirar senha duas horas antes

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que ninguém nunca vai te contar sobre feminismo

POR: 
Adivinha só: você é feminista. Se você é uma pessoa que vive nesse mundo, outras pessoas, tanto homens quanto mulheres, já te disseram que feministas são umas peludas, umas reacionárias que não transam, umas vacas que odeiam homens e precisam parar de ficar chorando por aí (afinal a gente até já pode votar! E já existe uma grande variedade de aspiradores de pó para nos ajudar!). ENFIM. ISSO É OBVIAMENTE IMBECIL.
Adivinha só: você é feminista!
Feminismo não é um movimento radical, nem marginal, nem um constrangimento, nem uma enganação. Feminismo é simples. O “patriarcado” “existe”. Identificar isso como feminista é reconhecer que mulheres são pessoas e, como tais, merecem os mesmos direitos sociais, econômicos e políticos, e as mesmas oportunidades de outros tipos de pessoas (tipo pessoas-homens). Ser feminista é reconhecer que o mundo não é, atualmente, um lugar justo e seguro para as mulheres viverem. Porque não é. Obviamente (ver em: tudo). Negar esses fatos faz de você, na pior das hipóteses, uma pessoa má que odeia mulheres, incluindo mas não limitando a: Sarah Michelle Gellar, Jennifer Garner, Jennifer Aniston, Jennifer Lopez, sua mãe, a mãe da Jennifer Lopez, a tia Marcy da Jennifer Garner, Michelle Obama, Dilma Rousseff, Ellen DeGeneres, Cher, Julie Andrews, Kim Kardashian, Khloe Kardashian, Kourtney Kardashian, Krokodila Kardashian, Kabeçona Kardashian, Kara-de-mamão Kardashian, Ki-suco Kardashian, e ATÉ A VIRGEM MARIA. E na melhor, faz de você um idiota complacente.
MAIS UMA VEZ: Se você não é feminista (ou alguma coisa inculpavelmente ignorante, como um bebê, um furão ou um calouro de faculdade), então você é uma má pessoa. Essas são suas únicas opções. Ou você acredita que mulheres são pessoas, ou você não. Pra te ajudar a escolher, damos aqui algumas informações!
Primeira onda de Feminismo: Podemos ser cidadãs, agora?
Essas eram as biscats do século 19 (obs: Chamar as mulheres de “biscats” sem o “e” no final é uma categoria elevada de ironia – por enquanto chame-as de “mulheres” mesmo) tipo Susan B. Anthony e Elizabeth Cady Stanton, que chegavam e falavam “E aí, rapaziada, a gente tava pensando que, se não for atrapalhar, talvez a gente pudesse ter direito a votar e tal. Que que cês acham?” E aí elas começaram imediatamente a detonar com tudo até que ratificassem a Emenda 19 em 1920, que deu às mulheres americanas o direito ao voto. Muitas das feministas da primeira leva eram racistas, e elas ainda acreditavam naquele negócio de que o serviço de uma mulher era calar a boca e esfregar a roupa. Sabe como é, ninguém é perfeito.
Segunda onda de Feminismo: Dá pra parar de nos estuprar, por favor?
Depois da Segunda Guerra Mundial, as mulheres começaram a pensar assim “Ah, acho que dá pra eu arrumar um emprego e pedir pro meu marido parar de me estuprar, né?”. Elas começaram a entender formas mais sutis de sexismo e misoginia – coisas que podiam até não ser legalmente obrigatórias (como o direito ao voto), mas estavam estragando suas vidas da mesma forma. Essas mulheres formaram a segunda onda. Em 1963, Betty Friedan deixou todo mundo louco ao sugerir que a família nuclear podia ser um balde de merda que sufocava o potencial das mulheres e as deixava infelizes. E aí um moooonte de coisa aconteceu! Pílula anticoncepcional, ilegalização do estupro marital (em todos os Estados, FINALMENTE, em 1993!), Griswold vs. Connecticut, direitos de ação positivos para as mulheres, Title IX,Roe vs. Wade, e MUITO MAIS – dá uma olhada nos links, sério. (Uma informação divertida: Nenhum sutiã foi queimado.) Havia muita discussão sobre pornografia (rrrronc). A Emenda de Direitos Iguais não foi aprovada. Uma vez que as coisas começaram a funcionar, alguns antifeministas perspicazes aproveitaram a oportunidade para declarar o fim oficial do sexismo, porque agora as mulheres não podiam ser estupradas (às vezes) e podiam trabalhar por um salário mínimo em fábricas de roupas e agências de publicidade, e portanto qualquer mulher que reclamasse de qualquer coisa a partir desse momento era uma vaca sovacuda e de peito caído. Mulheres continuaram a lutar porque mulheres são incríveis. Dane-se a Phyllis Schlafly!
Terceira onda de Feminismo: Talvez eu goste de estupro! Cala a boca! Talvez eu não goste! Cala a Boca!
Um dia, alguém teve a coragem de sugerir que o termo “mulheres” engloba mais do que “donas-de-casa brancas de classe média-alta descontentes”. Havia mulheres imigrantes. Havia mulheres trans. Havia donas-de-casa brancas de classe média-alta contentes. Havia profissionais do sexo. A terceira onda de feminismo é a ideia de que mulheres podem e devem definir sua feminilidade. Porque existem milhões de tipos diferentes de mulheres, a terceira onda é grande e pode ser um pouco confusa, ou talvez não existir por completo (a história é um contínuo, não uma série de ondas). Algumas partes do novo feminismo – particularmente a turma do “Eu uso minha sexualidade como uma arma!” – podem se parecer bastante com o velho sexismo. Mas não se preocupe. Siga seus instintos e continue chamando a atenção das pessoas por seus atos.
Pós-feminismo: O sexismo está morto! Viva o sexismo!
Grrrrrrrrrrr. Esses babacas pensam que o desigualdade de gênero acabou e que nós devemos dar uma festa porque Sex and the City 2 era super empoderador. Fodam-se esses babacas. Ou melhor, não os fodam.
Mulheres não existem para servir os propósitos da sua ereção
Muitos homens heterossexuais ficam bravos quando as mulheres não são do jeito que eles acham que elas “deveriam” ser. Mas quer saber? “Deveriam” não é uma coisa. O corpo das mulheres não é da sua conta. Os pêlos das mulheres não são da sua conta. O quanto elas pesam não é da sua conta. O que as mulheres vestem não é da sua conta. Se a mina quer ou não dar pra você, não é da sua conta, a menos que ela queira, aí nesse caso manda ver (toca aqui!).
Privilégio Masculino: é real e é totalmente de araque
Privilégio é invisível. Se você não faz ideia do que é privilégio masculino, há uma boa chance de você estar se beneficiando dele. É assim que o privilégio funciona. Essencialmente, por conta de estruturas de poder políticas e sociais que dominam o planeta, as coisas são mais fáceis para os homens. Mulheres ganham menos, possuem menor influência política, tem seus clitóris cortados (é verdade sim – joga no Google), e são vastamente tomadas como propriedade e tratadas como merda. O privilégio é real, e se alguém te disser o contrário, deve ser a Ann Coulter falando.
Uma nota final: SIM!
A menos que você seja um ser babacão que acha que pessoas são desiguais, você é feminista. VOCÊ é feminista. Você É feminista. VOCÊ É FEMINISTA. Boas vindas e chega mais!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Justiça autoriza primeiro casamento gay do Estado

 
 
A Justiça do Espírito Santo acaba de autorizar o primeiro casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Consultado pelo tabelião de registro civil sobre a pretensão de duas estudantes da cidade, que pretendiam ver oficializada sua união homoafetiva, o juiz Menandro Taufner Gomes, da Vara da Fazenda Pública de Colatina, região Noroeste do Estado, autorizou o casamento civil, porém, restringiu a união religiosa às convicções pessoais, de direito de crença e credo, das pretendentes.
O Ministério Público Estadual deu parecer contrário à pretensão das duas jovens colatinenses, alegando que, para realizar o casamento civil homoafetivo, haveria necessidade da prévia existência de união estável e que, portanto, deveria se restringir apenas a esta hipótese. Sobre isso, o magistrado foi incisivo em sua decisão:
“Por isonomia, seguindo esta ótica, também o casamento civil entre pessoas de sexo oposto somente poderia se realizar havendo prévia união estável. Rejeito a impugnação, deferindo a permissão para o registro do casamento civil, decorrente de relação homoafetiva, após deferida a habilitação junto à autoridade competente”.
O juiz de Colatina, ao finalizar sua decisão, salientou que “o reconhecimento da possibilidade de matrimônio para pessoa do mesmo sexo, vem para evitar que injustiças sociais continuem acontecendo, como, por exemplo, o não reconhecimento de direitos previdenciários, alimentos, direitos sucessórios, direito de habitação e, principalmente, o tratamento digno no âmbito social e familiar”.
STF
O primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal no dia 25 de outubro de 2011, quando os ministros da 4ª Turma rejeitaram decisão anterior do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul contrária à pretensão de duas mulheres do Estado.
A união estável entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nos dias 4 e 5 de maio de 2011, ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132. As ações foram ajuizadas na Corte, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O julgamento começou na tarde do dia 4, quando o relator das ações, ministro Ayres Britto, votou no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.
O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal, veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF

@tamarafreire
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domingo, 5 de agosto de 2012

Prostituição feminina e direitos sexuais... diálogos possíveis?

Prostituição feminina e direitos sexuais... diálogos possíveis?

José Miguel Nieto Olivar

Resumo


A partir de uma experiência de pesquisa e de militância, este artigo reflete sobre as mútuas implicações da relação possível entre prostituição feminina e direitos sexuais como campos políticos. A reflexão está baseada no contexto brasileiro da primeira década do século XXI. O texto está estruturado a partir de cenas que oferecem a sustentação empírica para três intrigas. A primeira trata das linhas de força que orientam a relação dos movimentos brasileiros de prostitutas com os direitos sexuais. A segunda nos levará ao campo do advocacy de direitos, e a terceira atenta para a experiência de mulheres prostitutas em contraste com os discursos hegemônicos sobre direitos sexuais. Sugiro uma análise de usos, de criações. Uma análise que não conclui com uma verdade estatal sobre a pergunta, mas com outras perguntas, desdobramentos e sugestões de continuidade para o trabalho.
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sábado, 4 de agosto de 2012

Educando para a diversidade

Educando para a diversidade: desafiando a moral sexual e construindo estratégias de combate à discriminação no cotidiano escolar

Henrique Caetano Nardi, Eliana Quartiero

Resumo


Este artigo traz uma reflexão crítica sobre o projeto de formação “Educando para a Diversidade” realizado pela ONG Nuances, na cidade de Porto Alegre, financiado pelo governo federal no quadro de ações do programa “Brasil sem Homofobia”. Os procedimentos de pesquisa que sustentam este texto foram: observação participante, entrevistas individuais, grupos de reflexão e análise documental. O objetivo foi compreender como se instalam os debates sobre a diversidade sexual no cotidiano escolar. Este trabalho indica que a ruptura com a visibilidade abjeta que é reservada às/aos jovens e professores/as não heterossexuais ou que se desviam da conformidade de gênero e a construção de uma visibilidade ética-cidadã demandam esforço e trabalho contínuo. É a legitimidade da discussão acerca da sexualidade que está em questão. A possibilidade de ampliar o efeito das ações passaria pela criação de um centro de suporte e acompanhamento para as iniciativas das/os educadoras/es que realizaram a formação.
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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

As políticas de combate à violência contra a mulher no Brasil e a “responsabilização” dos “homens autores de violência

As políticas de combate à violência contra a mulher no Brasil e a “responsabilização” dos “homens autores de violência”O artigo analisa os significados que os homens acusados de violência atribuem às agressões perpetradas contra as mulheres, no contexto da Lei Maria da Penha e de suas políticas públicas no Brasil. Chama a atenção também para as possíveis contribuições da abordagem interacionista e para a importância do foco nas ideias e nos valores nas análises das políticas públicas, principalmente aquelas que alcançam as identidades. A pesquisa realizada em Grupos de Reflexão para homens autores de violência em um Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher na cidade do Rio de Janeiro mostrou como alguns valores e ideias difundidos, como aqueles associados à “responsabilização” do agressor, são confrontados pelos homens. Muitas vezes eles recorrem às circunstâncias da situação nas quais ocorreram os conflitos interpessoais do casal de modo a denotar as agressões como uma resposta, ou até mesmo punição, ao comportamento inadequado das mulheres, que teriam desafiado a divisão tradicional dos papéis de gênero, reconhecida por eles como universalmente aceita. 
Aparecida Fonseca Moraes, Letícia Ribeiro LEIA ARTIGO EM PDF

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aborto, mulheres e saúde em debate na Ciência e Saúde Coletiva

O número temático de julho da Revista Ciência & Saúde Coletiva, da Abrasco, tem como tema Aborto, Mulheres e Saúde. O periódico trata de um dos assuntos mais controversos para a sociedade brasileira. Que o aborto seja questão de saúde pública é uma afirmação de sanitaristas, feministas, gestores e ministros de Estado no país. Apesar do vasto coro que sustenta esse reconhecimento, o debate público sobre a descriminalização do aborto caminha a passos lentos.

A principal força contrária é um tipo de moral baseada numa sobreposição de crenças religiosas e filosóficas que se interpõem aos argumentos de ordem do direito e da democracia, conforme apresenta em seu artigo a organizadora Débora Diniz. O quadro de consequências perversas geradas pelo aborto clandestino para a saúde das mulheres deve ser comprovado por estudos que explorem diferentes facetas sobre o tema. Segundo a organizadora do número, “não devemos esperar que o dilema moral do aborto seja solucionado por um pacto razoável sobre crenças tão diversas. Nossos esforços argumentativos devem estar na produção de evidências científicas que demonstrem as consequências para a vida e a saúde das mulheres”.

E isso foi feito como tarefa conjunta por pesquisadoras que submeteram os resultados de suas investigações a este número temático, para as quais tiveram apoio de instituições de fomento como o CNPq e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.

Confira o sumário da edição clicando aqui.
Fonte(s): Abrasco

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Orçamento nas Politicas para Mulher - Políticas para viver bem

Voce sabe quanto do Orçamento Público está sendo destinado às mulheres? 
As políticas públicas estão conseguindo superar as desigualdades de gênero? 
Qual o impacto do Bolsa Família e do Brasil Carinhoso na vida das mulheres?
Essas e outras questões são respondidas no Boletim 43 do Orçamento Mulher - Políticas para Viver Bem. Acesse!
Políticas para viver bem
O boletim 43 do Orçamento Mulher - Políticas para Viver Bem traz uma análise do orçamento destinado à infraestrutura do cuidado, com foco na execução do Bolsa família e do Brasil Carinhoso. Traz também as principais novidades do trabalho do CFEMEA na área de orçamento público, como a análise dos resultados da incidência da LDO, das mudanças na LOA 2013 e o andamento da atualização do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Seguindo a linha do boletim anterior, trata-se de um esforço no sentido de consolidar o Orçamento Mulher como um instrumento de luta que nos permite reivindicar o comprometimento do Governo com a superação das desigualdades de gênero e raça. Para que ele se fortaleça, é importante que todas se apropriem dele e se aliem na luta por mais justiça na distribuição dos recursos públicos
Link: http://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_jdownloads&Itemid=128&task=view.download&cid=98