O número temático de julho da Revista Ciência & Saúde Coletiva, da Abrasco, tem como tema Aborto, Mulheres e Saúde.
O periódico trata de um dos assuntos mais controversos para a sociedade
brasileira. Que o aborto seja questão de saúde pública é uma afirmação
de sanitaristas, feministas, gestores e ministros de Estado no país.
Apesar do vasto coro que sustenta esse reconhecimento, o debate público
sobre a descriminalização do aborto caminha a passos lentos.
A
principal força contrária é um tipo de moral baseada numa sobreposição
de crenças religiosas e filosóficas que se interpõem aos argumentos de
ordem do direito e da democracia, conforme apresenta em seu artigo a
organizadora Débora Diniz. O quadro de consequências perversas geradas
pelo aborto clandestino para a saúde das mulheres deve ser comprovado
por estudos que explorem diferentes facetas sobre o tema. Segundo a
organizadora do número, “não devemos esperar que o dilema moral do
aborto seja solucionado por um pacto razoável sobre crenças tão
diversas. Nossos esforços argumentativos devem estar na produção de
evidências científicas que demonstrem as consequências para a vida e a
saúde das mulheres”.
E isso foi feito como tarefa conjunta por
pesquisadoras que submeteram os resultados de suas investigações a este
número temático, para as quais tiveram apoio de instituições de fomento
como o CNPq e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério
da Saúde.
Confira o sumário da edição clicando aqui.
Fonte(s): Abrasco
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grata por sua contribuição.