A excêntrica família de Antônia descreve as relações de matriarcado.
A
fábula conta a história da Antônia que, ao voltar à vila onde nasceu,
estabelece em uma comunidade matriarcal. As relações pessoais giram em
torno da família, dos moradores da vila, pessoas violentadas, além da
possível amizade entre os gêneros feminino e masculino, na figura de um
velho filósofo “heremita” (estudioso de Schopenhauer e Nietzsche).
Comandada por Antonia, a saga familiar
atravessa três gerações, falando de força, de beleza e de escolhas que
desafiam o tempo. Nesse universo conhecemos curiosos personagens, como o
filósofo pessimista, a netinha superdotada, a filha lésbica, a avó
louca, o padre herege, a amiga que adora procriar, a vizinha que sofre
abusos sexuais e os muitos amigos que são acolhidos por sua
generosidade.
Comentário feminista:
obra prima do cinema holandês, e vencedor do Oscar de melhor filme
estrangeiro, "A excêntrica família de Antônia" é um filme feminista por
excelência. Dirigido por uma mulher (Marleen Gorris), a película
estabelece um cem número de paralelos de como poderiam ser (ou eram) as
relações pessoais dentro de uma sociedade matriarcal, onde a maternidade
não é uma imposição social e nem uma divindade, mas um processo tão
comum quanto a própria morte. Destacamos as cenas em que a neta de
Antônia estabelece uma sensível e direta relação de afeto e respeito com
um idoso, sem que nenhum dos dois infantilize o outro. Belíssimo,
indicado para qualquer pessoa que deseje introduzir-se em assuntos
filosóficos e conhecimento feminista. Vejam o trecho do filme:
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