quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A cor púrpura (condição da mulher negra e masculinidade dos homens negros) 

Décima indicação filme A cor púrpura fala sobre a condição da mulher negra e masculinidade dos homens negros
 A Cor Púrpura (en: The Color Purple), é um filme estadunidense de 1985, do gênero drama, dirigido por Steven Spielberg e baseado no romance epistolar da premiada escritora afro-americana Alice Walker, que trata de questões de discriminação racial e sexual e conta a história Celie que aos 14 anos é violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, ela é doada a "Mister" um violento homem que a despreza. 

Sinopse

Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "Mister" (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.


Comentário feminista: este filme é um doloroso retrato do racismo (tanto dentro do roteiro quanto na academia de cinema americano). Obra prima do cinema, indicado ao recorde de estatuetas do Oscar, não ganhou nenhuma, pois nesta época ainda não vivíamos tempos “politicamente corretos”. Também foi o filme de estréia da atriz Whoopi Goldberg, que devido ao “fracasso na cerimônia”, teve que rumar sua carreira para papeis mais amenos  para os padrões brancos de Hollywood. O filme é interessantíssimo, pois pode estabelecer um palpável paralelo entre a condição atual dos negros nos EUA e no Brasil, já enquanto no norte da América, os negros receberam terras no fim do processo de escravidão, aqui na terra brasilis, estes foram lançados as ruas, sem a menor condição de sobrevivencia (tanto que ainda vivemos com as consequências da miséria econômica a que a comunidade negra foi lançada). Entre as cenas de destaque ficamos com os dois momentos em que a personagem da apresentadora Oprah Winfrey sucumbe e supera a violência doméstica sofrida ao longo do filme. Indicado para qualquer pessoa que deseje desenvolver sua consciência negra, nos termos de expostos por Steve Biko. Vejam um trecho:



Comentário:  Um filme que trata de maneira precisa temas tão complicados como racismo, violência, abuso sexual, incesto, relacionamentos humanos. “A Cor Púrpura” é  considerado uma obra importante para a compreensão da condição das mulheres negras e pobres no início do século XX. O romance trata, também, da homossexualidade feminina. Entretanto, o filme de Spielberg foi criticado por movimentos afro-americanos, feministas e homossexuais por não conseguir reproduzir na tela a profundidade das questões levantadas no livro. Estas críticas são apontadas como o provável motivo de o filme ter recebido 11 indicações para o Oscar (incluindo melhor filme, melhor atriz para Whoopi Goldeberg e melhor atriz coadjuvante para Margaret Avery e Oprah Winfrey) mas não ter recebido nenhum.
Fonte: Maças podres


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