sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O século das mulheres

 A 3ª Conferência teve início com as conferências municipais, a partir de 1º de julho, passando pela fase estadual, e terminará em Brasília, no período de 12 a 15 de dezembro. A Conferência é coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Conselho Nacional
dos Direitos da Mulher (CNDM), tendo sido convocada pelo Decreto Presidencial de 15 de março de 2011.


A Conferência Nacional de Políticas para Mulheres já é um marco na história da luta das mulheres brasileiras. Esta 3ª Conferência, que vivemos agora em todos os estados brasileiros, faz parte de um processo de transformações que se acelerou no Brasil a partir de 2003, quando foi criadaa Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).
Desde então, vários desafios foram enfrentados. E alcançamos importantes conquistas, como o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, a Lei Maria da Penha e a construção do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
O desejo de colocar um fim, plenamente, a todas as formas de violência e discriminação contra a mulher atinge hoje um número crescente de brasileiras e brasileiros e permeia diferentes setores de
nossa sociedade.
Estas conquistas só foram possíveis com a participação dos movimentos de mulheres, dos movimentos feministas e da sociedade civil organizada, que trilharam com firmeza os novos caminhos abertos nos últimos anos.
As conferências para as mulheres, que reúnem demandas e propostas nascidas desde os bairros dos municípios mais distantes, são um grande espaço aberto para que se estabeleça o diálogo entre
a sociedade civil e o poder público. É graças a este diálogo e à realização de conferências em todo
o país que temos avançado no fortalecimento dos organismos de políticas para as mulheres. A
institucionalização destas políticas públicas voltadas para as mulheres é essencial para consolidar os
avanços e para que possamos dar novos passos adiante.
Nesta 3ª Conferência avançamos na construção da autonomia das mulheres brasileiras. A autonomia econômica e social das mulheres é o alicerce necessário para a sua efetiva autonomia em todos os setores da vida.
Hoje, as mulheres brasileiras contam com uma conjuntura favorável, única em nossa história, para construção de sua autonomia. Mas a conjuntura favorável não se traduz imediatamente em mudanças. As mudanças só serão efetivas quando conquistadas no cotidiano de nossas vidas. E este
avanço depende de cada uma de nós. De cada mulher em todos os municípios brasileiros.
E são contribuições nesta direção, propostas que ajudem a consolidar a autonomia de todas as mulheres brasileiras, onde quer que estejam, que esperamos destas conferências estaduais e da
Nacional. Estamos criando aqui as propostas para que todas as instâncias de poder do Estado brasileiro reafirmem e ampliem o compromisso com a igualdade entre homens e mulheres em nosso país.
Em seu pronunciamento histórico na ONU, no dia 21 de setembro deste ano, quando pela primeira
vez uma mulher abriu os debates na Assembleia das Nações Unidas, a presidenta Dilma Roussef
afirmou: “Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta que, como eu,
nasceram mulher e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho
certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres”.
Portanto, temos certeza que as mulheres brasileiras organizadas - como demonstraram que estão
durante todo o processo desta 3ª Conferência – deixem também a sua marca na história deste século
."

Iriny Lopes
Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres
Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

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