Não podemos levantar a bandeira dos direitos humanos e termos uma visão distorcida da realidade e preconceituosa. Quem tá estudando e lendo os textos tem uma idéia da construção desses direitos e a ruptura de idéias pré-concebidas de sociedade. A questão do aborto não é um tema fácil e envolve várias concepções, entre elas a religiosa. Quem se propõe a cursar um curso de Direitos humanos tem que saber que em nome da Igreja muitos direitos foram violados. Portanto, ter uma leitura mais ampla da realidade é de suma importância para a efetivação no nosso dia-a-dia de um direito efetivamente humano. Posições radicais e xiitas não resguardam o direito de ninguém. Posições desligadas de um contexto e podemos dizer alienantes reproduzem o velho sistema do não direito. Antes de massacrarmos as mulheres que optaram ou venham optar por um aborto devemos nos perguntar o porque dessa escolha e se essa mulher, que vive em uma sociedade machista, não tem o direito de escolher o caminho que quer seguir. O aborto não beneficia apenas aquelas que por um descuido e sem planejamento ficaram grávidas, mas, sim, e em grande parte, a adolescentes e mulheres que foram vítimas de estupro, mulheres que carregam filhos que nascerão sem perspectiva nenhuma de vida.
O direito não se limita as nossas concepções de mundo. Não é por eu não fazer algo que o outro não tenha o direito. Vejam o filme Vida Severina, talvez ajude a ampliar um pouco os horizontes.
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