domingo, 30 de novembro de 2008

Países do Mercosul fecham 10 acordos na área da Saúde


Entre os pontos acertados estão o Pacto para Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e medidas que envolvem a área de medicamentos e segurança alimentar

Os ministros da Saúde do Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela assinaram nesta sexta-feira (28/11/08) o Pacto Mercosul para Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e outros dez acordos associados à política de medicamentos, de controle do tabaco, de prevenção do câncer do colo de útero e de segurança alimentar. Os compromissos foram assumidos pelos países durante a XXV Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o ministro José Gomes Temporão entregou a presidência pro tempore de Saúde do Mercosul ao Paraguai.

Brasil freia óbito infantil, mas não o de mãe, afirma o PNUD

Governo avalia que país cumpre Objetivo do Milênio de deter Aids e mortalidade de bebês, mas tem dificuldade em conter morte materna

O Brasil deverá cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) ligados a redução da mortalidade de crianças (Objetivo 4) e controle da Aids (Objetivo 6), mas tem dificuldades em diminuir a mortalidade materna (Objetivo 5), segundo avaliação do Ministério da Saúde.
A situação mais crítica é a da redução da mortalidade materna. Os cálculos do Ministério da Saúde indicam que são de 50% as chances de atingir, até 2015, a redução de dois terços prevista nos Objetivos do Milênio. Adson França afirma que nem mesmo foi feita uma projeção de qual será o status do país em 2015, porque a situação tem se mostrado instável nos últimos quatro anos, com a taxa variando em torno dos 70 óbitos a cada 100 mil. Dados oficiais mostram que a taxa de mortalidade materna brasileira era de 128 óbitos por 100 mil em 1990 e atualmente é de 74. Para o cumprimento do objetivo, seria preciso atingir uma taxa de aproximadamente 38. (DAYANNE SOUSA / PrimaPagina)
Pacto MercosulPacto Mercosul
Um dos maiores desafios para o cumprimento das metas do milênio na América Latina é a redução da mortalidade materna e neonatal. Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que os indicadores de mortalidade materna na região permanecem preocupantes, com 190 mortes de mulheres para cada 100 mil bebês nascidos vivos, média dez vezes superior à dos países desenvolvidos. A OPAS estima que, pelo menos, 95% das mortes maternas poderiam ser evitadas com conhecimento, tecnologia médica e medidas de impacto social. No caso da mortalidade infantil, as principais causas são as perinatais, que acontecem nas primeiras 22 semanas de gestação e até sete dias após o parto.

O pacto prevê o fortalecimento de ações da atenção básica para a melhoria no acompanhamento do pré-natal, do pós-parto e do estímulo ao aleitamento materno. Os ministros da Saúde querem ainda maior humanização durante o parto, ao recém-nascido e às urgências e emergências maternas.

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