quinta-feira, 28 de junho de 2012

Filme Não Sei Como Ela Consegue





Sinopse : Kate Reddy (Sarah Jessica Parker) é o modelo de mulher moderna. Divide habilmente seu tempo entre os afazeres domésticos como mãe de família e os profissionais, decorrentes de seu trabalho como analista financeira. Quando a grande oportunidade de ascender na carreira aparece, vê sua vida virar do avesso por causa das inúmeras viagens que têm de fazer ao lado de Jack Abelhammer (Pierce Brosnan), charmoso banqueiro com quem passa a desenvolver um projeto. Kate se vê, então, diante de um dilema: como conciliar amor, trabalho e família e não sucumbir aos encantos do colega de trabalho bonitão?
Veja trailler

 Filme  deliciosamente realista. Uma mulher penalizada de todos os lados. Oprimida no trabalho por ser mãe, oprimida na família por ser profissional. Um mercado abusivo, massacrante, masculino. O machismo implícito nas opiniões dos profissionais que trabalham com ela, quase todos homens, e das mães que optaram por não trabalharem, na comunidade escolar. Só me perguntei durante bastante tempo: e o marido?

Logo no início do filme é mostrado o casal. A protagonista é casada. Continuei me perguntando como é que ela era sobrecarregada, se era porque o marido não dava conta de fazer as tarefas, enfim, fiquei confusa. Pior, com receio de que o filme fosse apelar para uma solução do tipo: "não precisam incomodar seus maridos com tarefa doméstica, vocês conseguem meninas", o que também acho de um machismo gritante. Pois não é que até nisso o filme me deixou boquiaberta?

No fim das contas, de um título e cartaz de comédia-mulherzinha-tipo-chicklit que me desagradava, acabei assistindo a um filme... feminista! Feminista porque propõe, apesar dos momentos caricatos e mais ou menos estereotipados do cinema e, mais especificamente, da comédia, uma solução de igualdade. Mostra, entremeados aos recursos hollywoodianos de contar histórias, uma situação muito opressora, dramática e triste. Melhor de tudo: com diferentes personagens ilustrando os diferentes discursos sobre estas mulheres tão massacradas: as mães que trabalham fora.

Fica a dica pra quem anda a fim de ver um filme leve mas não por isso menos interessante ou inteligente. Eu curti (e até chorei, devo dizer, quando o marido diz no finzinho que vai ler uma coisa pra ela



Tô recomendando: http://www.mulheralternativa.net/2011/11/mamaes-que-trabalham-como-elas.html

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