Hoje no #BlogFem, Adla Georginni fala sobre um livro infantil que foi fundamental para ela descobrir o feminismo.
Chegando ao sebo, meu pai deixou que eu escolhesse alguns livros, não me lembro dos outros, mas um deles escolhi pelo título engraçado. Era algo como “O noivo da cutia”. Levei para casa. Como eu tinha gostado tanto, resolvi ler primeiro.
A estória é basicamente assim: o jabuti e o teiú vivem competindo pela mão da cutia, um diz ser mais rápido, o outro mais forte e em nenhum momento um deles pergunta se a cutia está interessada, simplesmente continuam brigando e se desafiando. Até que uma hora os dois cansam e decidem confrontar a cutia. Eles vão até a casa dela e dizem autoritários que eles estão cansados de competir e que ela precisa pedir para o pai dela escolher um deles para ser seu marido. Mas eis que aí está melhor parte. A cutia responde que ela não vai escolher ninguém, pois não tem obrigação de casar com nenhum deles, que o tempo em que o pai escolhia o marido da filha havia passado e que hoje as mulheres têm o direito de escolher com quem vão casar, se querem casar ou não, que as mulheres têm a liberdade de fazerem o que quiserem e não o que o marido ou qualquer outro homem deixa ou manda. Então, ela terminou dizendo que não queria casar, virou as costas e seguiu seu caminho. Simples assim.
Continue lendo: http://blogueirasfeministas.com/2015/07/cutia-feminista/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grata por sua contribuição.