Simone Mendes Carvalho
Graciele Oroski Paes
Joséte Luzia Leite
RESUMO
Esse estudo teve como principal objetivo analisar a experiência de mulheres jovens que recorreram ao aborto clandestino, visando contribuir para a melhoria dos serviços saúde reprodutiva na atenção primária à saúde, na perspectiva da integralidade e da promoção da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se fundamenta nas especificidades inerentes à pesquisa social, compatível com o tratamento do tema do abortamento clandestino em jovens como fenômeno social complexo. O aumento da fecundidade entre jovens e adolescentes e as práticas de abortamento inseguro, são fatores preocupantes na saúde reprodutiva desse grupo, principalmente quando ocorrem em situações sociais caracterizadas pelo desemprego, a baixa escolaridade e a pobreza, os quais geram situações de extrema vulnerabilidade. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com 16 mulheres jovens de 18 a 29 anos que tinham recorrido ao aborto clandestino em algum momento de suas vidas, sendo referidas das unidades atendidas pelo Programa Saúde da Família do município de Cabo Frio – RJ. Os resultados dessa pesquisa mostraram uma rede vulnerável, entrelaçada por várias situações, dentre elas: a dificuldade financeira, a gravidez precoce, a instabilidade na relação com o parceiro bem como a dificuldade na tomada das decisões reprodutivas. A ocorrência dos casos de aborto foi maior em gravidezes resultantes de relações instáveis e com parceiros diferentes, num contexto de dificuldades financeiras, podendo este ser considerado como o fim da linha do processo da desfiliação, em contextos onde o desemprego e a pobreza fragilizam as relações familiares, e essas não conseguem ter sustentabilidade.
Clique aqui AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf (objeto application/pdf)
terça-feira, 24 de maio de 2011
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eu estudo pra prender e saber ensinar como a graci oroski, ela é um exemplo!
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