Seguro, para quem tem dinheiro, legalizado para homens - ainda que metaforicamente proibido por lei, é praticado todos os dias. O aborto, tema de disputas políticas, jurídicas e religiosas, é um dos grandes tabus nacionais. Uma das perspectivas mais importantes para se discutir o assunto, a da saúde pública, muitas vezes, é ignorada. No Dia Internacional da Mulher, muitas delas e alguns homens aderiram a uma campanha, nas redes sociais, pela legalização do aborto. No Brasil, só existem três hipóteses legais para a interrupção voluntária da gravidez: em vítimas de estupro, em caso de risco de morte para a mãe e quando o feto é anencéfalo. A proibição, para todos as demais situações, é a perfeita tradução da hipocrisia nacional. Na prática, um milhão de abortos são realizados ilegalmente, por ano, no país. Ao fechar as portas da saúde para as mulheres que não desejam dar continuidade à sua gestação, os homens que fazem as leis abrem as janelas por onde entram o aborto inseguro, as sequelas físicas e emocionais e, em alguns casos, a morte. A Revista Radis de março trouxe uma grande reportagem sobre o tema. No texto, o aborto é discutido à luz pública, com dados comparativos sobre o que ocorre no Brasil e em países onde as leis são menos restritivas à prática. O Silêncio Ensurdecedor do Aborto é o título da reportagem, que pode ser acessada em anexo.SAIBA MAIS
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