Texto de Cristiane Brasileiro. Atenção! O texto contem spoilers!
Outro dia fiz o que quase nunca faço, porque em geral não tenho ninguém com quem deixar meu filho pequeno: fui ao cinema. Fui ver “Que horas ela volta?”. E fiquei louca pra conversar com mais gente a respeito. O caso é que talvez eu nunca tenha assistido a um filme nacional em que as tais “questões sociais” estivessem representadas com tanta fineza e precisão, com tanto senso de passado e de futuro. E tanta atualidade. Porque o filme, como muita gente já disse, é um drama social que expõe tensões de classe potencialmente explosivas, mas que vinham sendo mascaradas pelo nosso velho jogo da cordialidade. E faz isso olhando pra dentro do espaço doméstico, no qual essas relações são mais tão dramáticas quanto encobertas — esse espaço no qual gente considerada “fina” e “sensível” ainda costuma viver boiando num aquário protegido, enquanto marca com leveza férrea o lugar sempre apartado dos subalternos. Leia mais |
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Que horas ela volta? Abismos de classe e de gênero.
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