De acordo com repostagem do CLAM - Centro Latino Americano em sexualidade e direitos humanos temos os seguintes desafios diante da Política Nacional de Promoção e Atenção à Saúde do Homem : - promover uma mudança mais profunda na maneira como os homens se relacionam com sua própria saúde. A idéia é fazer com que homens entre 20 e 59 anos procurem preventivamente um médico ao menos uma vez por ano.
O pesquisador Romeu Gomes, doutor em Saúde Pública, professor de Antropologia e Saúde e Pesquisa Qualitativa em Saúde do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) faz a seguinte critica ao plano nacional :
“A saúde do homem deve ser destacada não só para se desenhar o perfil epidemiológico da morbimortalidade masculina, mas também para que se percebam os aspectos culturais que comprometem sua saúde. O predomínio é a análise do homem como uma variável de sexo, em perfis epidemiológicos. Certos quadros de agravos à saúde masculina podem ser melhor compreendidos a partir da forma como homens são socializados e do entendimento como são estabelecidas as relações entre os gêneros estruturadas por modelos culturais”, avalia.
Segundo ele, os homens pouco procuram os serviços de saúde por vários motivos: “Os cuidados em geral são percebidos como femininos, e não masculinos; os homens costumam ser vistos como fortes e invencíveis e, por isso, só buscam ajuda quando os problemas se agravam, quando não conseguem trabalhar; os serviços de atenção básica costumam ser vistos como lugar de crianças, mulheres e idosos; e as ações de atenção básica voltadas para os segmentos masculinos ainda são tímidas”, destaca.
Para alguns autores, a discussão sobre impotência sexual – a transformação da impotência em disfunção erétil – e a atuação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) foram peças fundamentais na construção da nova política de atenção à saúde do homem.
De acordo com a pesquisadora Fabíola Rohden (IMS/UERJ), é preciso observar a existência de dois processos paralelos ao longo do desenvolvimento da nova política. Trata-se, diz ela, “de uma conjunção entre o esforço no sentido de integrar a população masculina ao Sistema Único de Saúde (SUS), através da conscientização e da melhoria da qualidade nos atendimentos, e a construção do diagnóstico de disfunção sexual, centrada sobretudo na idéia de disfunção erétil. “Até os anos 80, a categoria que se usava era a de impotência, categoria esta que viria a ser substituída pela de ‘disfunção sexual’.
Assinala Jorge Lyra, pesquisador do Instituto Papai, a escolha dos homens como sujeitos de uma política pública voltada à saúde significa um “desdobramento e um avanço a partir das conquistas históricas dos movimentos feminista, gay e lésbico, e das inúmeras lições aprendidas”. Ainda assim, segundo ele, há muito trabalho a ser feito.
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