terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cientistas de Brasília ganham prêmio nos EUA por pesquisa sobre aborto - Ciência e Saúde - Correio Braziliense

Constatou-se de forma confiável, pela primeira vez no Brasil, que uma em cada cinco mulheres aos 40 anos já interrompeu a gravidez ao menos uma vez na vida. Metade delas teve de ser internada. “Esses resultados tiraram o debate de uma discussão moral para uma constatação científica, colocando-o na pauta da saúde pública”, diz Medeiros.

Leia reportagem completa aqui Cientistas de Brasília ganham prêmio nos EUA por pesquisa sobre aborto - Ciência e Saúde - Correio Braziliense

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

28 de setembro um dia de ação em nível global


Originalmente, o dia 28 de setembro tem sido comemorado como o Dia de Ação para a Despenalização do Aborto na América Latina e no Caribe. Entretanto, desde 2011 a Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos (RMMDR) e agora também a Campanha Internacional pelo Aborto Seguro estão tornando o 28 de setembro um dia de ação em nível global. Isso leva à necessidade de uma ação massiva e impactante neste 28 de setembro - como por exemplo escalar uma catedral e pendurar no alto uma bandeira que defenda o direito à autodeterminação das mulheres, ou, quem sabe, decorar a fachada dos parlamentos com instruções de uso do Misoprostol. Quem se opõe ao direito das mulheres a decidir sobre seus corpos definitivamente precisa ver e escutar este tipo de mensagem.

Para fazer estas mensagens chegarem a lugares como o topo das catedrais sem pôr em risco a vida das mulheres ativistas, a Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos e mais algumas organizações do movimento de mulheres estão compartilhando uma ferramenta de ocupação virtual baseada em Realidade Aumentada. Esta ferramenta – desenvolvida pela organização Women on Waves -, pode ser usada em telefones celulares e através dela pode-se “ocupar” virtualmente os edificios e monumentos simbólicos em diversos paises, estampando nestes espaços a mensagem da campanha de 28 de setembro e as instruções sobre o uso de Misoprostol.

A aplicação digital está sendo desenvolvida, mas já é possível participar da iniciativa:

1.     Busque uma imagem na Internet ou tire uma fotografía tdos edifícios simbólicos mais importantes em sua cidade ou país que deverão ser ocupados virtualmente.
2.     Envie as imagens e os nomes dos edificios o mais brevemente possível para  sept28global@wgnrr.org


A aplicação funcionará da seguinte maneira: as coordenadas geográficas exatas do edifício que você escolheu serão carregadas na ferramenta. Quando a aplicação estiver pronta, você poderá baixá-la em seu smartfone, no Dia de Ação, e poderá ver a imagem do edificio com a imagem superposta com a mensagem da campanha e as instruções sobre o uso de Misoprostol. Se muitas fotografarem os mesmos edifícios, poderão tornar esta mensagem viral – num movimento virtual de ocupação.

Envie suas imagens e o nome do edificio que quer ocupar o mais rápido possível e participe desta ocupação!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Campanha chama adolescentes para o combate à violência sexual

Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital - A Rede Ecpat Brasil, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e o Coletivo Mulher Vida lançaram na última sexta-feira (31) a "Campanha ANA” – Conectad@s por uma Copa sem Violência Sexual. A iniciativa, que busca envolver adolescentes brasileiros no combate à violência sexual no contexto de grandes eventos como a Copa do Mundo de Futebol, foi divulgada virtualmente por meio das redes sociais twitter e facebook.
A campanha tem como objetivo principal prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes durante a Copa das Confederações, que acontece em 2013, e a Copa do Mundo, que acontece em 2014, ambas no Brasil. A intenção é seguir com as atividades da campanha nas cidades-sede até o fim dos dois grandes eventos.

Outro intuito é fortalecer o protagonismo adolescente no enfrentamento à violência sexual, torná-los sujeitos ativos nesse processo e ouvir suas demandas enquanto parcela da sociedade vulnerável ao abuso e à exploração sexual. Redes, coletivos e organizações juvenis também serão fortalecidos e potencializados para que possam agir como disseminadores de informações para outros jovens.

"Existem no Brasil várias campanhas de combate à violência sexual de crianças e adolescentes, mas são poucas as que os envolvem diretamente. Na Campanha-ANA o diferencial é que se quer envolver, mobilizar e articular os adolescentes no debate a este tema”, esclareceu Lívia Rodrigues, assessora de Mobilização da Campanha.

Lívia assegurou que já no dia do lançamento houve grande adesão à iniciativa. Com o passar dos dias, a intenção é divulgar ainda mais para que a campanha chegue ao conhecimento de milhares de adolescentes de todo o Brasil. "Já no primeiro dia de campanha houve matérias em jornais e uma grande participação no twitter, com muitas pessoas retuitando a hashtag #ConheçaANA, lançada para divulgar a campanha”, disse.
As atividades da Campanha ANA serão basicamente realizadas por meio das redes sociais, de um blog e de um boletim informativo quinzenal. Lívia explica que o conteúdo destes boletins será mais aprofundado, apesar disso será mantida uma linguagem simplificada voltada aos adolescentes. Os interessados em recebê-lo podem deixar o e-mail no blog ou no facebook da Campanha. Serão realizados também dois chats com especialistas para que os adolescentes interajam e tirem suas dúvidas.

Outra ação que acontece no marco da Campanha é o seminário ‘Adolescentes e Jovens Conectados por uma Copa sem Violência Sexual – Campanha ANA’, marcado para 22 e 23 de outubro, no Centro de Convenções de Olinda, Pernambuco. O encontro terá abrangência nacional e contará com a participação de adolescentes e especialistas para debater participação juvenil no enfrentamento à violência sexual.

O nome da campanha, ‘Ana’, batizará também uma personagem que estará inserida em todas as ações virtuais. Ela tem 12 anos, estuda em uma escola pública e mora no município de São Lourenço da Mata, onde está sendo construído o estádio onde acontecerão os jogos da Copa em Pernambuco. A adolescente não terá computador, mas passeará pelas redes sociais, pelo blog e pelos chats em uma lan house oferecendo informações, levantando questionamentos e dividindo conhecimentos com adolescentes de todo o Brasil.

Para conhecer mais a Campanha, acesse: http://anamovimento.blogspot.com.br/, Twitter:https://twitter.com/campanhaanae Facebook: Campanha Ana.

As cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol são: Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN), Salvador (BA), Manaus (AM), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (RJ), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Fonte: Campanha chama adolescentes para o combate à violência sexual

domingo, 9 de setembro de 2012

Norma da OIT sobre trabalhadores domésticos entra em vigor em um ano

Em um ano entrará em vigor a Convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos, primeira norma internacional que trata especificamente dos direitos dessa categoria. O documento foi ratificado hoje (5) pelas Filipinas, o segundo país a aderir à norma, depois do Uruguai, que acatou a convenção em junho de 2012. Todas as normas da OIT entram em vigor um ano depois de terem sido ratificadas por dois países.
O Brasil ainda não ratificou a convenção, que tramita no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O documento deve passar pela aprovação do Congresso Nacional e ter decreto presidencial para valer nacionalmente e ser ratificada no âmbito da OIT. Não há prazo para que isso ocorra, mas não há obrigatoriedade do pais aderir à norma, mesmo após a entrada em vigor da Convenção 189. 
Leia matéria completa pelo link Norma da OIT sobre trabalhadores domésticos entra em vigor em um ano

sábado, 8 de setembro de 2012

Trabalho doméstico e de cuidado

Helena Hirata, socióloga e pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisas Sociais (CNRS) de Paris, apresentou atuais e importantes dados comparativos entre França, Brasil e Japão.

Horas de trabalho doméstico e de cuidado, realizado por gênero
Mulheres
Homens
França
4,36 horas por dia
2 horas por dia
Brasil*
20 horas por semana
9,5 horas por semana
Japão
4 horas por dia
20 minutos por dia
* dados do IBGE relativos ao ano de 2009
Leia reportagem completa pelo link Trabalho doméstico e de cuidado

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A Convenção do Cairo e seu processo de revisão de 20 anos

A Convenção Internacional sobre População e Desenvolvimento – CIPD, amplamente conhecida como a Convenção do Cairo, de 1994, instituiu internacionalmente as bases para uma visão de desenvolvimento fundada na importância das pessoas como sujeitos de direito.
O documento resultante da CIPD foi o Programa de Ação do Cairo. Hoje ratificado por 179 países, ele traça iniciativas no âmbito da população, igualdade, direitos, educação, saúde, ambiente e redução da pobreza. Entre os marcos trazidos pela CIPD e seu Plano de Ação estão diretrizes para:
  • Proporcionar o acesso universal ao planejamento familiar e serviços de saúde sexual e reprodutiva e direitos reprodutivos;
  • Assegurar a igualdade de gênero, empoderamento das mulheres e a igualdade de acesso das meninas à educação;
  • Abordar o impacto individual, social e econômica da urbanização e migração;
  • Apoiar o desenvolvimento sustentável e abordar as questões ambientais associadas a mudanças populacionais.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Nesta quarta comemora-se o Dia Internacional da Mulher Indígena

No dia 5 de setembro celebra-se o Dia Internacional da Mulher Indígena, instituído em 1983 durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia). A data foi escolhida porque em um dia 5 de setembro morreu Bartolina Sisa, uma valente mulher quéchua, esquartejada pelas forças realistas durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru. 



O fato ocorreu durante uma grande rebelião protagonizada por Túpac Amaru e sua valiosa companheira Micaela Bastidas, em todo o sul andino (1780-82).

A mulher indígena é portadora vital da herança cultural, a que ensina a língua ancestral às filhas e filhos; a que dá continuidade às tradições; a que resiste às diferentes formas de violência estrutural precisamente por sua tríplice condição de excluída: ser indígena, ser pobre, ser mulher.

A sobrevivência de nossos povos deve-se em grande medida à luta anônima e tenaz das mulheres indígenas. No campo ou na cidade, elas desempenham um papel fundamental na luta contra a pobreza, a fome e a exclusão social e étnico-cultural, e tornam possível a manutenção da unidade familiar, sobretudo no meio rural.

A mulher, através da história do Peru tem sido descrita através de exemplos paradigmáticos como Mama Ocllo e Mama Huaco (arquétipos míticos da mulher do lar e guerreira dos tempos fundacionais), Micaela Bastidas ou María Parado de Bellido; no entanto a identidade das mulheres tem sido forjada nos contextos mais amplos da realidade cotidiana, dos costumes e dos papeis exercidos em consonância com um sistema complexo de organização.

No Tahuantinsuyu, a mulher era respeitada por seu papel na reprodução biológica, social e econômica, pois participava ativamente nos diferentes modos de produção que geravam os excedentes necessários para que o inca estabelecesse suas relações de reciprocidade (por exemplo, no campo, trabalhando a terra, nos Acllahuasi (casa das escolhidas), tecendo finos cumbis (peças finas) para o intercâmbio de lealdades sociais e políticas com os senhores recém conquistados ou com os guerreiros ou funcionários destacados, ou preparando a chicha para os rituais religiosos).

Por essas funções, as mulheres, vinculadas cosmicamente à lua e à fertilidade da Pachamama, tinham seus ritos e cerimônias, sem os quais não havia equilíbrio complementar, produção nem reprodução cultural nos Andes pré-hispânicos.

Hoje em dia, a problemática da mulher indígena na cidade e nas comunidades andinas e amazônicas abarca diretamente os aspectos centrais de nosso desenvolvimento como país: a política econômica, agrária, educativa, de saúde, habitação, direitos humanos etc.

Apesar dos séculos transcorridos de constante exclusão, a mulher indígena continua persistindo e transmitindo vida aos povos originários do continente; e é, ao mesmo tempo, a portadora de esperança para o resgate e a visibilização de nossos povos ameaçados.

Seus mecanismos de mudança e resistência, seus processos de constituição de identidades pessoais e coletivas e as mediações, que devem exercer entre identidade e ação, torna-as capazes de encarar os desafios urgentes dos tempos atuais, através de organizações que trabalham e avançam para que possam ser protagonistas, se capacitem e desenvolvam faculdades de liderança que lhes permitam exercer plenamente seus direitos cidadãos a partir de sua própria especificidade étnico-cultural, e participar na vida nacional como portadores de um valioso legado cultural e social e como porta vozes das demandas e propostas dos povos originários.
Fonte:  Nesta quarta comemora-se o Dia Internacional da Mulher Indígena - Portal Vermelho