quinta-feira, 31 de maio de 2012


28 DE MAIO - DIA  INTERNACIONAL DE AÇÃO PELA SAÚDE DA MULHER

Ao pensar na saúde da mulher brasileira temos que considerar o Plano Nacional de Saúde (2012-2015) que tem por objetivos promover o acesso com qualidade às ações e serviços de saúde e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O Plano Nacional apresenta 16 diretrizes, ações estratégicas e compromissos do plano federativo em cada área, aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde.

Na área da Saúde da Mulher não temos muito a comemorar pelo proposto no Plano Nacional, na Diretriz 3 - Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade.
Para o triênio, a novidade apresentada pelo Ministério da Saúde em relação a saúde da mulher foi a inclusão da criança e da Rede Cegonha, que segundo o Ministério da Saúde  "surge para atender a integralidade da saúde da mulher e da criança"¹. A inclusão na diretriz em que se propõe a promoção a "integralidade da saúde da mulher" causou estranhamento e críticas das organizações da sociedade civil que desenvolvem trabalho na área a tempo. A vinculação da saúde da mulher com a da criança trouxe de volta uma visão de saúde materno-infantil, já ultrapassada. A coordenadora da Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Clair Castilhos², afirmou que é uma política equivocada a começar pelo nome,  uma vez que cegonha é um pássaro que está em vias de extinção, nem voa nos céus do nosso país e o seu significado simbólico de trazer os bebês, nem faz mais parte do imaginário da população.
Outro equívoco do governo foi a edição da Medida Provisória Nº 557/2011, que visa instituir o cadastramento compulsório das gestantes para garantir a saúde da mulher e do nascituro. Pretendendo reduzir a mortalidade materna, o governo propõe o cadastramento compulsório de toda gravidez, institui uma bolsa auxílio para o pré-natal e introduz a garantia a saúde do nascituro. A inclusão do nascituro na legislação trazia no seu bojo uma  questão para o sistema de saúde, a inviabilidade do atendimento daquelas mulheres que decidiram voluntariamente interromper a gravidez nos casos permitidos por lei³. Os poucos serviços de saúde que realizam o chamado "aborto legal"4 estariam impedidos de fazê-lo. Nenhum tipo de abortamento seria permitido. Os direitos já conquistados pelas  mulheres a duras penas,  retrocederiam. O absurdo dessa situação fez com que o próprio governo reeditasse a MP557, retirando a figura do nascituro. A tramitação da medida provisória na Câmara Federal  trouxe de volta à lei o nascituro, acrescentado por Emendas de parlamentares que integram a Frente Parlamentar pela Vida.
Organizações da sociedade civil, integrantes do movimento feminista tiveram que se mobilizar e atuar para tentar impedir a aprovação da medida provisória. Manifestações públicas por todo país, de organizações que a muito vem trabalhando com a saúde da mulher, tem mostrado a inadequação das medidas adotadas pelo MS na Área da Saúde da Mulher. A expectativa é de que as críticas sejam ouvidas e definitivamente compreendidas.
Não precisamos de  políticas públicas que ameaçam os direitos conquistados pelas mulheres. Não queremos políticas públicas que façam retroceder esses direitos.
Necessitamos da implementação de políticas de saúde que garantam o acesso a serviços de qualidade e que respondam as reais necessidades das mulheres.
Rosângela Talib
Católicas pelo Direito de Decidir
1 - Plano Nacional de Saúde 2012/2015, Ministério da Saúde, novembro de  2011.
2 - Conferência Nacional de Saúde, 2011.
3 - No Brasil, são 3 os permissivos legais para interromper a gravidez: risco de vida da gestante, gravidez decorrente de violência sexual e má formação fetal grave incompatível com a vida.
4 - Segundo o Ministério da Saúde cerca de  80  serviços de saúde no país realizam a interrupção da gravidez, nos casos permitidos pela lei.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mulheres e justiça ambiental

A Gender CC – Women for Climate Justice é uma rede global de mulheres, ativistas de gênero e especialistas em clima do mundo inteiro que lutam pela justiça nessa questão. A organização trabalha em diversas áreas nas quais identifica que haja desigualdade de condições para homens e mulheres. Por meio desses campos de atuação, dá pra entender melhor de que forma, concretamente, as mudanças climáticas atingem as mulheres e os homens. Leiam materia completa em Mulheres e justiça ambiental

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sancionada lei que aumenta prazo para justiça punir autores de crimes de exploração sexual


Ao participar de evento alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nesta sexta-feira (18), a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), destacou a importância da lei sancionada hoje pela presidenta Dilma Rousseff, que amplia o prazo para ação judicial contra autores de crimes de exploração sexual no país.
Segundo a ministra, a sanção da lei, que coincide com o dia 18 de Maio, que é uma data simbólica para a luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, demonstra o compromisso do governo brasileiro com a infância. “Esta lei é fundamental para que o judiciário brasileiro consiga punir, em tempo hábil, os autores de violência sexual contra nossas crianças e adolescentes. Este é um passo muito importante rumo à impunidade no Brasil”, destacou Rosário.
Oriunda de investigações da CPI do Senado sobre a Pedofilia, a Lei nº 6719/09 altera o Código Penal de modo a dar mais tempo à vítima e ao Ministério Público para iniciar a ação penal contra o agressor. No caso dos crimes de maior gravidade, como o estupro, a nova contagem da prescrição permitirá que a ação seja iniciada 20 anos depois da maioridade. Pela lei anterior, a prescrição conta a partir da data em que a violação foi cometida.
A nova lei, conhecida como Lei Joanna Maranhão em referência à nadadora que denunciou seu treinador, será uma importante ferramenta para enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes, especialmente aquela cometida por parentes e pessoas mais próximas, o que infelizmente acontece com mais frequência do que imaginamos.
Fonte: SDH - 18/05/2012
 


Pró-Menino > Sancionada lei que aumenta prazo para justiça punir autores de crimes de exploração sexual

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Especialista defende ações preventivas como forma de combate à exploração sexual infantojuvenil


A Rede Pró-Menino entrevistou Ângela Gertrudes Küng, psicóloga clínica com especialização em violência doméstica cometida contra crianças e adolescentes, sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Durante a entrevista, Ângela falou das normativas criadas para proteger os direitos infantojuvenis e de ações de mobilização da sociedade.
A psicóloga também falou da necessidade de se realizar ações de prevenção nas escolas, para que as crianças tenham alguém de fora da família em quem possa confiar. “Isso porque, muitas vezes, o pai, a mãe, o tio, o avô, enfim, aquele que mora em casa, que deveria proteger, é quem está violando. E essa criança fica calada por medo, por coação, por uma série de ameaças que elas sofrem. Se fizermos esse enfrentamento a partir de ações educativas e preventivas, conseguiremos avançar”, afirma.
Faça Bonito
O Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual promove, anualmente, a campanha “Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes”, que pretende mobilizar governo, ONGs, famílias, escolas e sociedade, para assumir o compromisso no enfrentamento da prática. Saiba mais sobre a campanha clicando aqui.
Confira, no link abaixo, a íntegra da entrevista realizada no último dia do XXIV Congresso Nacional da ABMP, de 16 a 18 de maio deste ano, em Natal (RN).


 Pró-Menino > Especialista defende ações preventivas como forma de combate à exploração sexual infantojuvenil

domingo, 27 de maio de 2012

Combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil: um dever de todos


Participação da população em denúncias e em mobilizações aumenta
Da Rede Pró-Menino

A última sexta-feira, 18 de maio, foi marcada por uma série de passeatas, ações de panfletagem, peças de teatro e palestras em todo o Brasil. Essas mobilizações, realizadas em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, têm como objetivo alertar a população sobre o problema, que atinge crianças de todo o país.
Para Glória Diógenes, coordenadora do laboratório das juventudes da Universidade Federal do Ceará, “o país avançou bastante nos últimos anos com campanhas de mobilização que deram mais visibilidade ao tema, que tem se tornado, cada vez mais, pauta constante na sociedade”. Isso pode ser provado, por exemplo, pelo aumento de denúncias recebidas pelo Disque 100, um dos principais instrumentos de combate a essas práticas por meio de denúncias. De acordo com o informativo divulgado na própria sexta-feira, de janeiro a abril deste ano, foram recebidas 34.142 denúncias, número 71% maior que o mesmo período em 2011.
Leia reportagem completa 
Pró-Menino > Combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil: um dever de todos

sábado, 26 de maio de 2012

Lei de Acesso: para pegar, é preciso agir

Sem participação popular, a nova lei pode cair no esquecimento. Serviços de Informação ao Cidadão precisam ser testados a partir de agora

 Leia mais


Lei de Acesso: para pegar, é preciso agir

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mortalidade materna

A mortalidade materna é um problema complexo que se configura como importante sinalizador da condição de vida e de saúde das mulheres.
O problema da mortalidade materna está diretamente ligado ao acesso aos serviços de saúde, desde o pré-natal com qualidade até o leito materno, passando necessariamente pelo acesso a informações claras sobre a saúde e os direitos reprodutivos. Na ponta do processo, como decisor, surge a apropriação do direito à saúde por parte da população feminina.

Leia mais

Mortalidade materna

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desigualdade de gênero persiste na política

Resistências culturais, falta de espaço nos partidos e dificuldade para obter recursos desestimulam as candidaturas femininas.
Ranking
Veja a participação feminina no parlamento em alguns países selecionados:
 - Ruanda (56%)
 - Andorra (50%)
 - Cuba (45%)
37º - Bolívia (25%)
38º - Iraque (25%)
89º - Chile (14%)
118º - Brasil (9%)
Fonte: União Interparlamentar (IPU)

Leia mais

Desigualdade de gênero persiste na política

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Xuxa revela ter sofrido abusos sexuais até os 13 anos de idade

Depoimento foi dado pela apresentadora em quadro do Fantástico.

Ela falou ainda de paixão por Senna e pedido inusitado de Michael Jackson.

Leia mais

Xuxa revela ter sofrido abusos sexuais até os 13 anos de idade

Mulheres vítimas de violência doméstica poderão receber auxílio financeiro do governo

A Lei Maria da Penha pode ser alterada. Um projeto que foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados determina que mulheres vítimas de violência doméstica poderão receber auxilio financeiro do governo.Leia mais
Mulheres vítimas de violência doméstica poderão receber auxílio financeiro do governo

Agredidas também pelo despreparo médico

Pesquisa da USP aponta falhas no atendimento prestado a mulheres vítimas da violência doméstica em hospitais públicos. A dificuldade em identificar o crime e a falta de costume de notificá-lo estão entre os erros cometidos pelos profissionais observados

Agredidas também pelo despreparo médico